Uma jovem, de 26 anos, que pediu doações em Pirenópolis, Goiás, para tratar da leucemia, na realidade, conforme a Polícia Civil, aplicou um golpe. A camareira Débora Barros dos Santos recebeu ao menos R$ 12 mil em doações.
O delegado Tibério Cardoso afirmou que o golpe foi descoberto após um grupo de trabalhadores pedir laudos à camareira. Depois disso, desconfiaram de que foram vítimas de um estelionato e procuraram a Delegacia de Polícia Civil.
Segundo as vítimas, eles ajudavam Débora fazendo doações e, às vezes, até adquirindo rifas para ajudá-la.
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A jovem dizia que utilizava o dinheiro doado em tratamento médico. Ela alegava que era acompanhada por uma amiga para fazer os procedimento hospitalares.
"Ela costumava voltar desses tratamentos com esparadrapos pelo corpo, curativos em local que aparentemente ela teria recebido medicação intravenosa e foi conquistando alguns privilégios [no trabalho]. Até o momento em que o pessoal começou a suspeitar, já que ela nunca apresentou um diagnóstico médico", disse Tibério Cardoso, delegado da Polícia Civil, à equipe do UOL.
Desconfiados de que havia algo errado, os trabalhadores procuraram a unidade de saúde que Débora dizia fazer seus tratamentos, que é o Hospital de Câncer Araújo Jorge, em Goiânia. No local, as vítimas obtiveram a informação de que a camareira não realizava nenhum tipo de tratamento.
Débora deixou de ir ao trabalho após os colegas pedirem laudos que comprovassem a doença. Depois do sumiço, os trabalhadores foram à polícia denunciar o caso.
"São mais de cem vítimas. É muita gente para ser ouvida. O inquérito vai se estender um pouco em razão disso e, inicialmente, a polícia instaurou esse inquérito para apurar o crime de estelionato, mas se for eventualmente comprovado o envolvimento de terceiras pessoas, a gente pode configurar também associação criminosa e até outros delitos."
De acordo com Cardoso, após a repercussão do caso, a suspeita foi internada no Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (HUGOL).
A polícia deve requisitar informações sobre o motivo da internação e prontuário médico do local.
Repercussão
Nas redes sociais, uma colega de trabalho de Débora compartilhou o caso e revelou que algumas funcionárias da pousada fizeram até tatuagens para homenagear a camareira.
"Algumas pessoas doaram dinheiro mesmo sem ter condições e tudo não passou de uma mentira. Ficamos sabendo que ela fugiu da cidade, denunciamos na Polícia Civil e buscamos por justiça. Ficamos abalados com essa história, sofremos psicológica e financeiramente", escreveu Aninha de Sá em publicação de 27 de dezembro no Facebook.
Com informações do UOL.
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