O ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, avaliou nesta terça-feira, 21, que as providências com relação aos impactos das fortes chuvas que atingiram o litoral norte de São Paulo nos últimos dias poderiam ter sido tomadas em "grau infinitamente maior". Ele fez referência ao papel de todos os atores envolvidos: governos e também a população.
Na visão de Góes, apenas com ações localizadas e após grande envolvimento das comunidades é que alertas preventivos contra desastres podem ter efeito maior. "É preciso colocar a maior quantidade de sistemas possíveis para que todo mundo leve em consideração os alertas dados", declarou, em entrevista à GloboNews.
De acordo com ele, o sistema atual de alertas, que reúne rádio, TV, mensagens de texto e no WhatsApp, não tem tido toda a efetividade necessária para momentos de maior risco como o do final de semana no litoral paulista. Góes defendeu que haja o envolvimento de escolas, igrejas e comércios locais, quando há alertas de desastres, para mobilizar a população a ir para áreas seguras.
Ainda assim, o ministro disse que o sistema de monitoramento e alerta de desastres do País é "muito bom" e afirmou que foram feitos investimentos durante o governo Dilma Rousseff.
"Não deixar as pessoas descerem para o litoral poderia ser uma recomendação a ser feita. Os bombeiros foram às rádios, mas as pessoas entendem que não vai chegar a minha casa, ao meu bairro", disse Góes. "Quando houver toque de recolher, evacuação, é fase importanteNão quero dizer que não tenha sido feito o comunicado, mas as providências poderiam ser tomadas em um grau infinitamente maior do que foram tomadas", emendou.
Góes afirmou que é necessária uma "mobilização permanente" nas regiões onde ocorreram os desastres. "Temos que aumentar a cada hora o emprego de mais forças de pessoas e equipamentos, aeronaves", declarou o ministro, ao ressaltar que ainda há pessoas isoladas e desaparecidas, além de previsão de mais chuva no litoral norte de SP nas próximas horas.
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