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Forças Armadas querem dobrar participação de mulheres em 10 anos; veja como será o alistamento

As Forças Armadas querem dobrar a participação de mulheres entre seus quadros nos próximos dez anos. A ideia é que a taxa feminina entre os militares, que hoje é de 10,52%, chegue a 20% em uma década. A meta foi detalhada numa coletiva de imprensa promov

Guilherme Caetano (via Agência Estado)

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Escrito por Guilherme Caetano (via Agência Estado)
Publicado em 11.12.2024, 18:43:00 Editado em 11.12.2024, 18:48:20
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As Forças Armadas querem dobrar a participação de mulheres entre seus quadros nos próximos dez anos. A ideia é que a taxa feminina entre os militares, que hoje é de 10,52%, chegue a 20% em uma década.

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A meta foi detalhada numa coletiva de imprensa promovida pelo Ministério da Defesa nesta quarta-feira, 11, em Brasília. O evento foi convocado para explicar sobre o inédito alistamento militar feminino, atualmente exclusivo para homens.

- Alistamento feminino voluntário será feito de janeiro a junho de 2025;

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- Primeira turma começa em 2026;

- 1.465 vagas no total (155 na Marinha, 1.010 no Exército e 300 na Aeronáutica);

- 28 cidades em 13 Estados além do DF

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A primeira turma vai começar em 2026 - a incorporação poderá ocorrer em março ou agosto. Entre janeiro e junho do ano que vem, mulheres que completarem 18 anos em 2025 poderão se alistar de forma voluntária. A iniciativa vai reservar 1.465 vagas (155 na Marinha, 1.010 no Exército e 300 na Aeronáutica) em 28 cidades em 13 Estados, além do Distrito Federal.

Atualmente há 37 mil mulheres nas Forças Armadas, mas sua atuação está direcionada para as áreas da saúde, ensino e logística. O contra-almirante André Gustavo Guimarães, subchefe de mobilização da Marinha, diz que "falar em números não reflete necessariamente em qualidade", e que a instituição busca, com o novo projeto, "permitir que as mulheres estejam em todos os espaços onde os homens estejam".

"Nós buscamos uma referência externa. Mundialmente, tomando por base os países da Otan (Aliança do Atlântico Norte) e da comunidade asiática, a média numa amostragem de 40 países foi de 10,4%. A gente entendeu que o ponto de partida desse trabalho já identificava o Brasil numa posição mediana. Em relação à América do Sul, somos o quarto país em participação feminina", diz Guimarães.

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O alistamento feminino voluntário poderá ser feito nos seguintes municípios: Águas Lindas de Goiás (GO), Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Canoas (RS), Cidade Ocidental (GO), Corumbá (MS), Curitiba, Florianópolis, Formosa (GO), Fortaleza, Guaratinguetá (SP), Juiz de Fora (MG), Ladário (MS), Lagoa Santa (MG), Luziânia (GO), Manaus, Novo Gama (GO), Pirassununga (SP), Planaltina (GO), Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, Santa Maria (RS), Santo Antônio do Descoberto (GO), São Paulo e Valparaíso de Goiás (GO).

O processo de recrutamento será feito em etapas: alistamento, seleção geral, seleção complementar, designação/distribuição e incorporação. As candidatas devem passar por uma seleção que inclui entrevista, inspeção de saúde (exames clínicos e laboratoriais) e testes físicos. Elas poderão escolher a Força que quiserem, dependendo da disponibilidade de vagas em sua região, aptidão da candidata e a especificidade exigida pelo Exército, pela Marinha e pela Aeronáutica.

Uma vez incorporadas, as mulheres ocuparão a graduação de soldado (marinheiro-recruta na Marinha), e o serviço militar deve durar 12 meses, podendo ser prorrogado por até oito anos.

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