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Filha de Belchior é presa após confessar assassinato no interior de SP

Isabela Menegheli Belchior, de 26 anos, se apresentou espontaneamente nesta quinta-feira, 13, e confessou participação em um homicídio em São Carlos, no interior paulista, cometido no ano passado. A defesa, no entanto, entrou com pedido de liberdade provi

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 15.08.2020, 09:39:00 Editado em 15.08.2020, 20:24:54
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Isabela Menegheli Belchior, de 26 anos, se apresentou espontaneamente nesta quinta-feira, 13, e confessou participação em um homicídio em São Carlos, no interior paulista, cometido no ano passado. A defesa, no entanto, entrou com pedido de liberdade provisória nesta sexta-feira, 14, por não concordar com o tipo de crime atribuído à jovem, que é filha do cantor Belchior, morto em 2017. A companheira de Isabela, Jaqueline Chaves, de 31 anos, também cumpre prisão preventiva em Franca pelo crime.

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A vítima é o metalúrgico Leixer Buchiwieser dos Santos, mas há diferentes versões sobre o episódio. Segundo Veridiana Trevisan, advogada de defesa de Isabela, Jaqueline teria marcado encontro com a vítima em um bate-papo online em agosto de 2019 e receberia R$ 500 por um programa. Santos teria oferecido quantia maior caso Jaqueline fosse acompanhada de uma criança ou de uma grávida. Após insistir na oferta, Santos alegou que seria uma brincadeira. Por fim, os dois marcaram o encontro e, segundo a defesa, foram até a casa onde Jaqueline e Isabela viviam.

Lá, Santos teria insistido para que a sobrinha de Isabela presenciasse o ato sexual. Isso fez com que a filha de Belchior entrasse em desentendimento com o pai e o tio da criança, que também moravam na casa. Após agressões, Isabela teria pegado a faca que estava na cozinha e deu o primeiro golpe. Os dois homens, diz a advogada, estão desaparecidos agora.

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Ainda segundo a defesa, eles achavam que a vítima estava viva e levaram o homem, em seu próprio carro, para zona rural. Depois, deixaram Santos perto da pista, foram para o lado oposto da cidade e pediram para que Jaqueline, que estava com a mãe da criança, levasse gasolina para incendiar o automóvel.

Veridiana diz que se trata de homicídio qualificado, com pena de 12 a 30 anos, e não como foi denunciada, por latrocínio, com reclusão de 20 a 30 anos. Isabela recebeu a penalidade maior porque, segundo a investigação, um cartão da vítima foi usado para saque após sua morte.

"O que queremos deixar claro é que não houve extorsão e, na realidade, Isabela e os outros envolvidos queriam dar um corretivo na vítima pelo envolvimento dele com crianças, pois ele era assíduo na prática de pedofilia. Em nenhum momento colocaram a criança em risco, no imóvel ou em contato com a vítima", disse.

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Defesa de companheira de Jaqueline tem outra versão

Já a advogada de Jaqueline, Fabiana Carlino Luchesi, apresenta outra versão para o episódio. Ela confirma apenas o início da conversa na sala virtual e que ambas acusadas sentiram "nojo" pela conversa da vítima de envolver criança ou mulher grávida em ato sexual. Segundo ela, não houve extorsão. Ela afirma ainda que Jaqueline não faria mais o programa, mas que, ao passar na frente do posto de gasolina onde teria marcado o encontro, junto com Isabela e a sobrinha de três anos, teria visto o carro da vítima no posto e parado no local para xingá-lo.

Depois disso, teria deixado Isabela em casa e partido para comer um lanche com a sobrinha. Santos, porém, teria seguido o veículo e entrado na casa das duas, onde teria iniciado uma briga com Isabela e os dois irmãos de Jaqueline, quando teria ocorrido o crime. Jaqueline teria recebido uma ligação de Isabela para levar gasolina e, só depois, teve conhecimento dos fatos.

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Polícia vê brechas em alegações das denunciadas

O delegado Gilberto De Aquino, da Delegacia de Investigações Gerais de São Carlos, responsável pelo caso, acredita que tudo teria tomado outro desfecho. "Elas deveriam ter comunicado o fato (suposto pedido para encontrar uma criança) à polícia e seria aberta investigação com apuração de provas. Poderíamos ter descoberto outros crimes cometidos por ele. Assim, ele poderia estar preso ou em tratamento, pois pedofilia é uma doença", afirma Aquino. Para o policial, elas tiveram uma escolha e optaram por fazer algo ilícito.

Na versão da polícia, outro fator que não bate com o relato das advogadas das denunciadas é o encontro com a vítima, que, segundo o delegado, aconteceu no posto de gasolina entre Isabela e o metalúrgico, quando ela foi tentar extorqui-lo pelos seus atos de pedofilia. Após não conseguir nada, ele teria a seguido até a casa das duas, onde teria se envolvido na briga com os demais moradores.

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