O Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma) estima uma alta de 12% no preço ao consumidor de mais de 18 mil produtos farmacêuticos por conta das alterações no Imposto de Renda aprovadas na noite dessa quarta-feira (1º) na Câmara dos Deputados. No caso do SUS, o aumento está previsto para 18%.
A Casa aprovou o texto-base do projeto de lei (PL) 2337/21, que faz parte da segunda fase da Reforma Tributária, por 398 votos a 77.
Entre as mudanças está a cobrança do tributo sobre lucros e dividendos distribuídos pelas empresas a acionistas, a diminuição do Imposto de Renda das empresas e o cancelamento de alguns benefícios fiscais – como o fim de isenções do PIS-Cofins dos medicamentos.
Nesta quinta-feira (2), serão votados os destaques da matéria. Todas as medidas têm efeito a partir de 1º de janeiro de 2022.
Em nota, o Sindusfarma ressaltou que o Sistema Único de Saúde (SUS) também será impactado em mais de 18%, na média, pela cobrança de ICMS, pois alguns convênios vinculam a isenção de ICMS ao benefício federal de isenção do PIS-Cofins.
“A lista de substâncias isentas de PIS-Cofins contempla medicamentos de uso contínuo para o tratamento de doenças de larga incidência, como câncer, hipertensão, Aids, doenças cardíacas e diabetes, além de antibióticos, anti-inflamatórios e medicamentos contra hepatite, alergias, próstata, artrite etc”, exemplificou o sindicato.
Na prática, avalia a entidade, a proposta só aumenta a “absurda carga tributária dos medicamentos, que já é de 32% no preço final ao consumidor, sendo que a média mundial é 6%”.
Com informações: Metrópoles
Deixe seu comentário sobre: "Farmácias estimam aumento de 18% nos preços de remédios"