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Exame que viu câncer em Simony, colonoscopia deve ser feita a partir de 45 anos

A cantora Simony revelou nesta semana que foi diagnosticada com um câncer no intestino após realizar uma colonoscopia. Segundo médicos, o exame que analisa o intestino grosso deve ser feito a partir dos 45 anos, mesmo quando não houver sintomas. Apesar da

Júlia Marques (via Agência Estado)

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Escrito por Júlia Marques (via Agência Estado)
Publicado em 05.08.2022, 07:00:00 Editado em 05.08.2022, 07:08:03
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A cantora Simony revelou nesta semana que foi diagnosticada com um câncer no intestino após realizar uma colonoscopia. Segundo médicos, o exame que analisa o intestino grosso deve ser feito a partir dos 45 anos, mesmo quando não houver sintomas. Apesar da recomendação, é comum que a colonoscopia acabe sendo esquecida em boa parte dos casos.

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"Antigamente a recomendação era de que se começasse a partir de 50 anos", explica o cirurgião geral e oncológico Arnaldo Urbano Ruiz, coordenador do Centro de Doenças Peritoneais da Beneficência Portuguesa de São Paulo.

"Mas, por causa dos hábitos de vida e do risco de desenvolver câncer colorretal (câncer de intestino) mais precocemente, recentemente essa idade de 50 anos baixou para 45", completa Ruiz. A Sociedade Americana de Câncer passou a recomendar o rastreamento de câncer colorretal a partir dos 45 anos, após identificar aumento de casos entre pessoas mais jovens.

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Após a primeira colonoscopia, se os resultados estiverem normais, o exame deve ser repetido em 3 ou 5 anos, a depender da avaliação, diz Ruiz. Pessoas mais jovens com histórico de câncer colorretal na família devem procurar um médico para que ele avalie a necessidade e frequência do rastreio. Em caso de sintomas, como alteração nas fezes e sangramentos, a recomendação também é buscar ajuda médica.

O exame ajuda a detectar o câncer do intestino (também chamado colorretal) precocemente e a prevenir a doença por meio da retirada de pólipos. Na colonoscopia, um cateter com uma microcâmera é inserido no ânus para analisar as paredes internas do intestino. Tecidos suspeitos, como pólipos, podem ser retirados para uma biópsia posterior.

Esse tipo de tumor é um dos mais comuns na população brasileira - fica atrás apenas do câncer de pele não melanoma e dos tumores de mama e próstata. No Brasil, 40 mil novos casos de câncer colorretal são diagnosticados por ano, entre homens e mulheres, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). O câncer de intestino abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso chamada cólon e no reto (final do intestino, imediatamente antes do ânus) e ânus.

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ATENÇÃO

Apesar de o câncer colorretal ser muito comum, o exame para rastreio é bem menos difundido do que outros. "A gente se depara com muitas pessoas que nunca fizeram com 60, 65 anos", diz Ruiz. Ele conta que é frequente ver mulheres que fazem mamografia anualmente, mas nunca fizeram a colonoscopia. O exame pode ser solicitado por qualquer médico que acompanha o paciente, como clínicos, cardiologistas e ginecologistas.

No caso de Simony, a colonoscopia foi indicada depois que a cantora percebeu um gânglio na região da virilha. "Costumo dizer que esse gânglio me salvou", disse ela.

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Simony aproveitou para ressaltar a importância da colonoscopia após os 45 anos. Ruiz lembra que o exame tem riscos, como perfuração intestinal, mas são raros - os benefícios superam eventuais riscos.

Especialistas lembram que mudanças de hábitos também ajudam a prevenir a doença. O câncer de intestino está ligado a um estilo de vida sedentário, à obesidade, tabagismo e ingestão de álcool e embutidos, como presunto e salsicha. Fazer atividades físicas, emagrecer e melhorar a alimentação ajudam. "As pessoas acham que ter vida saudável é um passaporte para nunca ter câncer, mas o câncer é multifatorial", alerta Ruiz.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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