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Exame encontra esferas escuras no organismo de jovem que pode ter sido envenenado pela madrasta

Um exame feito pelo Instituto Médico-Legal (IML) do Rio em material gástrico do estudante Bruno Carvalho Cabral, de 16 anos, constatou a presença de quatro "grânulos esféricos" de cor que pode variar entre "azul escuro e preto". A descrição é compatível c

Fabio Grellet (via Agência Estado)

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Escrito por Fabio Grellet (via Agência Estado)
Publicado em 02.06.2022, 22:36:00 Editado em 02.06.2022, 22:44:03
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Um exame feito pelo Instituto Médico-Legal (IML) do Rio em material gástrico do estudante Bruno Carvalho Cabral, de 16 anos, constatou a presença de quatro "grânulos esféricos" de cor que pode variar entre "azul escuro e preto". A descrição é compatível com um veneno usado para combater ratos, conhecido como chumbinho. A Polícia Civil investiga se ele foi envenenado pela madrasta, Cintia Mariano Dias Cabral. Ela está presa provisoriamente, sob suspeita de ter envenenado a irmã do jovem, Fernanda Carvalho Cabral, de 22 anos.

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Depois de passar quatro dias internado, Bruno conseguiu se recuperar. Ele está fazendo exames para ter certeza de que seu organismo voltou a funcionar normalmente. A defesa de Cíntia nega que a cliente tenham cometido crime, mas não quis falar sobre o laudo nesta quinta, 2.

O exame feito pelo IML não encontrou vestígios de veneno. Mas, segundo os peritos da Polícia Civil, isso seria improvável, porque no organismo a substância se degrada rapidamente dentro dos grânulos, que servem para armazená-la. A presença dos grânulos e os sintomas apresentados pela vítima são indícios de que Bruno foi envenenado com chumbinho, avalia a perícia.

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Em 15 de maio, Bruno almoçou na casa que seu pai, Adeílson Cabral, dividia com Cintia. O rapaz passou mal após a refeição. Ele reclamou do gosto do feijão e identificou resquícios de uma substância azul. O adolescente se sentiu zonzo, ficou molhado de suor e logo não conseguia mais falar, enrolando a língua. Foi internado no Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo (zona oeste do Rio), e conseguiu se recuperar da intoxicação. Teve alta no dia 19.

Cintia foi presa no dia 20. Inicialmente ela afirmou à Polícia Civil que a substância azul detectada no feijão era um tempero pronto para alimentos. Depois, em depoimento oficial e acompanhado por advogado, manteve-se em silêncio.

Fernanda Carvalho Cabral morreu em março, após apresentar sintomas semelhantes aos do irmão e ser internada no mesmo hospital. Na ocasião, no entanto, ainda não havia suspeita de envenenamento, e não houve tratamento específico para isso. O corpo de Fernanda foi exumado em 26 de maio. Estão sendo feitos exames para tentar identificar sinais de envenenamento.

Consultado pela reportagem, o advogado Carlos Augusto Santos, que representa Cintia, afirmou que vai se manifestar sobre o laudo nesta sexta-feira, 3.

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