O Ministério Público Militar denunciou o ex-soldado Jonas Gomes Figueira por forjar a morte do colega Wenderson Nunes Otávio de 19 anos como suicídio, dentro do 26º Batalhão de Infantaria Paraquedista, no Rio de Janeiro. A investigação concluiu que Wenderson foi atingido por um tiro na cabeça, disparado acidentalmente por Jonas, em 15 de janeiro deste ano.
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Inicialmente, a família foi informada de que o jovem havia tirado a própria vida. No entanto, testemunhas relataram à reportagem do Fantástico, exibida no último domingo (29), que receberam ordens superiores para sustentar a versão do suicídio e evitar contato com os familiares da vítima.
Segundo os relatos, Jonas costumava brincar com armas e apontou uma pistola 9mm para Wenderson, acreditando que estava descarregada. O disparo, no entanto, atingiu o soldado. A denúncia aponta que o comandante do batalhão, tenente-coronel Douglas Santos Leite, convocou os militares para combinar o que seria a “versão oficial” do caso.
Além de Jonas, também foi indiciado o terceiro sargento Alessandro dos Reis Monteiro, por não fiscalizar a entrada da arma no alojamento.
A mãe da vítima, Cristiana Otávio, contou que Jonas era amigo próximo da família. “Ele vivia na minha casa. Me chamava de tia. Eu acho que foi um acidente, e só queria que ele tivesse falado a verdade”, afirmou, emocionada.
Em nota, a defesa de Jonas Figueira afirmou que “não há justa causa para a ação penal ou para uma futura condenação”, e que confia na absolvição dele ao final do processo.
O pai de Wenderson, Adriano Otávio, declarou sentir alívio com o andamento da investigação. “Agora é esperar que os responsáveis sejam punidos pelo que fizeram com o meu filho.”
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