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Ex-diretora de presídio transava com preso e ajudou fuga de detentos

A ex-diretora mantinha “contato direto e reuniões particulares” com líderes de facções

Da Redação

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Ela mantinha uma relação amorosa com o líder de uma facção e concedia regalias a membros do grupo
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Ela mantinha uma relação amorosa com o líder de uma facção e concedia regalias a membros do grupo
Escrito por Da Redação
Publicado em 04.07.2025, 19:11:17 Editado em 04.07.2025, 21:16:19
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Uma investigação sobre a fuga de 16 detentos de um Conjunto Penal de um município do sul da Bahia, em 12 de dezembro de 2024, revelou um escândalo envolvendo a ex-diretora da unidade, de 33 anos. Segundo depoimentos de presos e funcionários, ela mantinha uma relação amorosa com o líder de uma facção e concedia regalias a membros do grupo, incluindo a entrada irregular de itens e a liberação de acesso sem revista a pessoas próximas aos detentos.

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As acusações, que culminaram na prisão da ex-diretora em janeiro deste ano, levantam sérias questões sobre a gestão do sistema prisional e a influência de facções criminosas.

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As investigações, conduzidas após a fuga de 16 presos, apontam que a suspeita facilitou a ação que libertou os detentos. De acordo com o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), a ex-diretora mantinha “contato direto e reuniões particulares” com líderes de facções e autorizava benefícios como a entrada de freezers, roupas, sanduicheiras e refrigeradores para uso exclusivo dos membros de facções.

Um depoimento do ex-coordenador de segurança do presídio, preso por suspeita de cumplicidade, revelou que a suspeita permitia a entrada da esposa do líder da facção sem revista ou inspeção, uma prática que desrespeitava os protocolos de segurança.

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Relatos de funcionários e presos indicam que a ex-diretora e líder da facção frequentemente se reuniam a sós, com o visor da porta coberto por uma folha de papel, o que gerava desconfiança entre a equipe. A investigação também sugere que a ex-diretora teria recebido R$ 1,5 milhão da facção, com planos de fugir para o Rio de Janeiro, onde o grupo mantém alianças com o Comando Vermelho (CV). A defesa da suspeita nega veementemente essas acusações, afirmando que não há provas de qualquer pagamento e que a quebra de sigilo bancário da ex-diretora está à disposição para comprovar sua inocência.

Um elemento adicional complicou o caso: a suspeita, que estava grávida no momento de sua prisão, ingressou com um pedido judicial de auxílio financeiro contra um ex-deputado federal, alegando que ele seria o pai de seu filho, nascido prematuramente e atualmente sob sua guarda no Conjunto Penal. As investigações apontam que o ex-deputado federal tinha acesso privilegiado ao presídio, sem passar por revistas, e mantinha contato frequente com líderes de facções.

O advogado do ex-parlamentar negou as acusações e afirmou que ele aguarda um teste de DNA para esclarecer a paternidade. A fuga dos 16 detentos, registrada em vídeo como uma “ação planejada”, foi orquestrada, segundo a polícia, com o objetivo principal de libertar o líder da facção com quem a ex-diretora mantinha um relacionamento. Até o momento, 15 dos fugitivos permanecem foragidos, enquanto um deles foi localizado em uma casa e morreu durante uma operação policial. A investigação também levou à prisão do ex-coordenador de segurança do presídio, acusado de ser cúmplice da mulher.

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A sentença do TJ-BA que manteve a prisão da ex-diretora destacou as “diversas irregularidades” sob sua gestão, incluindo a falta de rigor na segurança e a proximidade com líderes criminosos.

A defesa da suspeita argumenta que suas ações buscavam manter a ordem no presídio, uma vez que a gestão de unidades penais frequentemente envolve negociações para evitar conflitos entre detentos. “Dentro de uma unidade penal, vive-se de negociação para estabelecer a ordem e evitar guerras”, declarou o advogado. Ele também pediu a liberação de sua cliente, citando sua condição de mãe de uma criança recém-nascida.

No entanto, a gravidade das acusações e os indícios de envolvimento com a facção mantêm a ex-diretora sob custódia. O caso chocou a população do município e reacendeu debates sobre a vulnerabilidade do sistema prisional brasileiro. A influência crescente de facções, aliada às falhas na gestão e possíveis casos de corrupção, expõe a necessidade de reformas urgentes para garantir a segurança e a integridade das penitenciárias.

A Polícia Civil segue investigando, enquanto a sociedade aguarda desdobramentos que esclareçam o papel da suspeita e de outros envolvidos no escândalo.

Informações: portal CM7 Brasil

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