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Estupro coletivo: PMs teriam ofertado R$ 30 mil por silêncio de vítima

O caso veio à tona nesta semana, após a vítima denunciar o caso à Polícia Civil

Da Redação

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O caso é investigado pelas autoridades
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O caso é investigado pelas autoridades
Escrito por Da Redação
Publicado em 02.02.2024, 16:12:17 Editado em 02.02.2024, 16:12:26
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Uma mulher de 33 anos foi estuprada por 12 homens em uma festa organizada por policiais militares no Guarujá, litoral de São Paulo. O caso veio à tona nesta semana, após a vítima denunciar o caso à Polícia Civil.

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Inclusive, o estupro coletivo ganhou mais um episódio após a mulher revelar que os suspeitos do crime a ofereceram dinheiro para desistir da denúncia. Dos 12 homens que abusaram sexualmente dela, 11 eram policiais militares.

Um print de uma conversa do WhatsApp mostra um intermediário oferecendo R$ 30 mil a mulher para ela não denunciar os envolvidos no crime.

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O estupro coletivo teria ocorrido em agosto do ano passado, em uma casa alugada. Havia cerca de 20 pessoas no evento. Doze delas teriam participado do crime. A vítima registrou um boletim de ocorrência sobre o caso em dezembro, na 1ª Delegacia da Mulher de São Paulo, após descobrir que estava grávida.

O advogado da vítima, Allan Kardec Iglesias, afirma que, inicialmente, ela não pretendia procurar a polícia, mas foi informada que, para realizar o aborto legalmente, seria necessário fazer o registro do estupro coletivo.

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“Ela não queria levar o caso adiante. Tinha medo da situação e até de como poderia ficar a imagem dela. Em dezembro, ela descobriu que tinha engravidado em decorrência desse caso e decidiu fazer a interrupção da gravidez. Para isso, precisou fazer o B.O”, diz o advogado, que não representava a vítima na época.

Segundo ele, foi a partir do registro dessa ocorrência de estupro coletivo que a mulher começou a ser procurada pelos policiais.

“Ela registrou esse B.O. por uma questão de formalidade, nem quis dar muitos detalhes sobre o ocorrido. Mesmo assim, de algum jeito, isso vazou e chegou na mão dos PMs envolvidos. E então um outro policial, que não estava no local onde ocorreram os fatos, entrou em contato, como um intermediário, pedindo para que ela não levasse o caso adiante. Até então, a intenção dela realmente não era essa”, diz Iglesias.

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O crime

Uma mulher de 33 anos procurou a Polícia Civil (PC) para denunciar que foi estuprada após ser dopada em uma festa de policiais militares em Guarujá, no litoral de São Paulo.

Em uma entrevista ao G1, a mulher, que teve a identidade preservada, contou que participou de uma festa em uma casa alugada após ter sido convidada com uma amiga. O evento foi organizado por um grupo de policiais militares e contou com a participação de aproximadamente 20 pessoas, sendo a maioria delas homens.

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Ainda conforme relato da vítima, ela foi dopada enquanto ingeria bebidas alcoólicas no local. Ela afirmou que, inicialmente, teve relação consensual com um dos integrantes da festa em um quarto no imóvel. A mulher acrescentou que, após "apagar" no cômodo, os demais se "organizaram" para estuprá-la.

"Me senti usada", disse ela. "Eles fizeram uma 'fila'' e eu conseguia ouvir algumas coisas. Diziam: 'Vai logo! Deixa que é a minha vez'", lembrou.

A vítima acordou somente no dia seguinte ao abuso. Segundo ela, no primeiro contato que fez com a amiga, após o ocorrido, a conhecida disse não saber nada sobre o estupro. A mulher, inclusive, achou que as "relações" haviam sido consensuais.

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"Ela me disse: 'Você estava em um quarto com vários caras. Safadinha, hein'. E eu respondi que não, que, na verdade, eu nem sabia o que estava acontecendo. Foi quando ela começou a ficar preocupada", disse a vítima.

Os detalhes sobre o estupro, além dos que ela se recorda, foram contados por um amigo que também estava na festa e disse ter sido o responsável por "interromper" os abusos.

Ele teria dito à vítima que entrou no quarto e conversou com os demais sobre o crime. Ela, no entanto, acredita que ele - o único que não faz parte da PM - também participou do ato.

O caso está sendo investigado pelas autoridades e é tratado como "estupro de vulnerável". Inclusive, a Polícia Militar (PM) instaurou uma sindicância para apurar a participação dos agentes no crime.

A vítima deve ser submetida a exames para as investigações continuarem.

Com informações do G1 e Metrópoles.

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