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Extorsão

Entenda como funciona o "golpe do motel" que vitimou 20 pessoas no RS

Criminosos fotografavam e filmavam vítimas tendo casos extraconjugais e depois pediam dinheiro para não revelar a situação aos parceiros

Da Redação

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Operação da Polícia Civil do Rio Grande do Sul mirou criminosos
Icone Camera Foto por Divulgação PC-RS
Operação da Polícia Civil do Rio Grande do Sul mirou criminosos
Escrito por Da Redação
Publicado em 12.11.2024, 13:45:23 Editado em 12.11.2024, 13:57:59
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Duas pessoas foram presas nesta segunda-feira (11), no Rio Grande do Sul, no que ficou conhecido como "golpe do motel". Os suspeitos foram detidos durante a Operação Closer, em repressão aos crimes de extorsão e associação criminosa.

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-LEIA MAIS: PF faz operação contra tráfico em Maringá, Rolândia e mais 5 cidades

A operação procurou desarticular associação criminosa com atuação, especialmente, em Porto Alegre, Região Metropolitana e Região da Serra Gaúcha e, segundo investigações, que teria vitimado mais de 20 pessoas. Os mandados de prisão foram cumpridos nas cidades de São Leopoldo e Novo Hamburgo.

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A investigação iniciou em fevereiro deste ano, quando uma das vítimas do golpe procurou a Delegacia de Polícia relatando que estava sendo ameaçada por criminosos que teriam informações sobre um possível caso extraconjugal com uma garota de programa. Nas mensagens, os criminosos mostravam que sabiam detalhes da vida da vítima e também de sua rotina.

Durante a troca de mensagens, os indivíduos encaminharam fotos e vídeos da vítima saindo, acompanhado, de um motel localizado na Região Metropolitana. Em seguida, exigiram a quantia de R$ 8 mil para não divulgarem o conteúdo e não expô-lo perante os seus familiares, especialmente, perante seu cônjuge. As investigações prosseguiram com a identificação da autoria e da forma de atuação dos criminosos.

Segundo a delegada Luciane Bertoletti, ficou claro que os criminosos escolhiam, principalmente, o horário da tarde, motéis de valor elevado e determinados modelos de veículos. A partir daí realizavam monitoramentos em frente ao estabelecimento e faziam registro fotográfico e gravação de vídeo do momento da entrada ou da saída da vítima do local.

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Na posse dessas informações, os suspeitos aplicavam técnicas de engenharia social para localizar o telefone da vítima e começar a extorqui-la. Os criminosos, através de pesquisas em fontes abertas, buscavam o máximo de informações possíveis acerca de cada alvo e de sua família, a fim de garantir o sucesso da ação criminosa.

Por vezes, os criminosos se passavam por detetives particulares, alegando que os respectivos parceiros os haviam contratado para descobrir eventuais traições. As idas aos motéis poderiam ser escondidas dos companheiros, caso a vítima se submetesse a pagar valores aos bandidos. A delegada Bertoletti salienta a necessidade de procurarem a Delegacia de Polícia, caso tenham sido vítimas do “golpe do motel”.

O delegado Cristiano Reschke, Diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana, destaca que a prática de extorsões traz um tormento psicológico imenso às vítimas, que temem que sua vida privada seja devassada e exposta a familiares, amigos e sociedade. Reschke reforça que esses casos são tratados com prioridade na delegacia para que cessem o mais rápido possível as ameaças e haja a responsabilização dos criminosos, que se valem justamente da vida privada e intimidade das vítimas para criar um sistema estruturado de ameaças e extorsões.

O delegado Reschke ainda orienta que não sejam feitos os pagamentos exigidos, pois isso inauguraria novos ciclos infinitos de ameaças. “Os casos devem ser trazidos imediatamente a registro, sendo garantido o sigilo”, finaliza Reschke.

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