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Engenheiro mexicano que 'cozinhava' metanfetamina para máfia chinesa é preso em SP

Preso nesta sexta-feira, 17, pela Polícia Civil de São Paulo, o mexicano Guillermo Fabian Martinez Ortiz, conhecido como "Fantasma", abandonou a carreira como engenheiro químico em uma petrolífera do México para fabricar metanfetamina no Brasil. Na época,

Marcelo Godoy, Rayssa Motta e Fausto Macedo (via Agência Estado)

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Escrito por Marcelo Godoy, Rayssa Motta e Fausto Macedo (via Agência Estado)
Publicado em 17.01.2025, 21:39:00 Editado em 17.01.2025, 21:45:36
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Preso nesta sexta-feira, 17, pela Polícia Civil de São Paulo, o mexicano Guillermo Fabian Martinez Ortiz, conhecido como "Fantasma", abandonou a carreira como engenheiro químico em uma petrolífera do México para fabricar metanfetamina no Brasil. Na época, não havia produção em território nacional e a droga precisava ser importada de países vizinhos. Com o tempo, o mexicano ganhou mercado e, segundo as autoridades, se tornou o maior químico fabricante de metanfetamina do Estado de São Paulo.

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O Estadão busca contato com a defesa.

Ortiz é investigado na Operação Heisenberg e era considerado foragido. Segundo as investigações, o mexicano "cozinhava" a droga em apartamentos na capital paulista. Além dele, foram presos Thiago Barcelos da Silva, o "Hacker", e outras duas pessoas - um chinês e um brasileiro.

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Os policiais da 4.ª Divisão de Investigações sobre Entorpecentes, chefiada pelo delegado Fernando José Góes Santiago, apreenderam metanfetamina e um simulacro de arma de fogo durante as diligências. Os suspeitos foram autuados em flagrante pelo crime de tráfico de drogas.

A Operação Heisenberg investiga uma máfia chinesa responsável por inundar São Paulo com metanfetamina, em parceria com narcotraficantes mexicanos e nigerianos. Um dos líderes seria Zheng Xiao Yun, mais conhecido como Marcos Zheng, empresário que frequentava o Palácio dos Bandeirantes, acompanhando autoridades e banqueiros chineses em encontros com os então governadores Geraldo Alckmin e João Doria.

A investigação aponta que Ortiz e um comparsa mexicano, David Hazael Cruz Avila, assumiram o monopólio da produção da droga, enquanto chineses e nigerianos passaram a distribuí-la para festas e em baladas, criando um novo mercado para o uso da metanfetamina. Uma rede de garotas de programa era usada para entregar a droga aos clientes, ao mesmo tempo em que os atendiam em hotéis e motéis da cidade em sessões que podiam durar um dia inteiro.

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A metanfetamina, também conhecida como chemsex ou chemical sex, o sexo químico, foi popularizada pela série Breaking Bad. O nome da investigação da Polícia Civil foi inspirado no programa. Heisenberg era o codinome usado pelo personagem Walter White, o professor de química que começa a produzir a droga no Novo México.

COM A PALAVRA, AS DEFESAS

Até a publicação deste texto, o Estadão buscou contato com as defesas, mas sem sucesso. O espaço está aberto para manifestação (marcelo.godoy@estadao.com, fausto.macedo@estadao.com e rayssa.motta@estadao.com).

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