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Enel prevê R$ 20 bilhões de investimentos na rede elétrica, mas não cita enterramento de fios

A Enel Brasil, distribuidora de energia elétrica que abastece São Paulo e a região metropolitana, divulgou nesta quinta-feira, 12, investimentos de R$ 20 bilhões para todo o País até 2026. Deste montante, a concessionária prevê para São Paulo cerca de R$

Isabela Moya (via Agência Estado)

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Escrito por Isabela Moya (via Agência Estado)
Publicado em 12.09.2024, 16:53:00 Editado em 12.09.2024, 16:59:35
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A Enel Brasil, distribuidora de energia elétrica que abastece São Paulo e a região metropolitana, divulgou nesta quinta-feira, 12, investimentos de R$ 20 bilhões para todo o País até 2026. Deste montante, a concessionária prevê para São Paulo cerca de R$ 2 bilhões por ano, 45% a mais do que a média anual dos últimos seis anos, mas não citou entre as medidas um projeto de enterramento de fios elétricos. A solução é apontada por especialistas como eficaz para evitar apagões em dias de tempestade, como ocorreu no ano passado.

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A rede subterrânea é defendida por especialistas, mas envolve desafios logísticos e demanda um investimento alto: só na região central de São Paulo, seriam necessários R$ 20 bilhões, estima a Prefeitura. Também não há consenso sobre quem ficaria responsável por arcar com este custo.

Em São Paulo, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) já chegou a sugerir, no ano passado, após o apagão de novembro, a cobrança de uma contribuição opcional dos moradores que tenham condições financeiras para acelerar o enterramento de fios da rede elétrica, em parceria com a administração municipal.

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Enel está num estágio probatório, diz ministro

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse, durante evento da Enel, que, após os episódios de falta de energia elétrica na cidade de São Paulo, a concessionária está em "estágio probatório" e precisará mostrar, após o verão 2024-2025, que realizou as melhorias no serviço que a empresa se comprometeu.

"A sociedade de São Paulo, é fato, passou por um momento muito dramático no ano passado que indignou o Brasil, de ver muitas famílias sem energia por muitos dias. E, logo que retomamos o diálogo com a Enel, depois daqueles eventos, deixamos claro que a Enel estaria num estágio probatório, ou seja, teria um compromisso com o Brasil de ampliar os seus investimentos, de contratar mão de obra, melhorar qualidade do seu serviço, de apresentar um plano de contingência para atravessar o verão", declarou o ministro.

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A Enel afirmou que está direcionando cerca de 80% de seu plano de investimentos 2024-2026 para suas distribuidoras de energia para melhorar a qualidade do serviço prestado aos 15 milhões de clientes nas 274 cidades brasileiras que atende, para "garantir um atendimento ágil durante a temporada de chuvas".

"Até 2026, vamos investir em todo o Brasil cerca de R$ 20 bilhões. Num cenário de mudanças climáticas, como o que vivemos atualmente no mundo, nosso compromisso é atuar em duas frentes: garantir a melhora na qualidade dos serviços ao cliente nas cidades que atendemos e apoiar o Brasil com a transição energética", afirma o presidente da Enel Brasil, Antonio Scala.

Em casos de falta de energia em serviços essenciais, a companhia afirmou que terá uma frota de cerca de 900 equipamentos, como geradores e subestações móveis, preparadas para abastecer clientes críticos quando necessário, até que a energia seja restabelecida com segurança.

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"Para os casos de contingência, passamos por uma total revisão dos protocolos. Aumentamos nossas parcerias com serviços de previsão climática, agilizamos nossos processos de comunicação aos clientes e a capacidade de atendimento do nosso call center. Ampliamos de forma significativa e antecipada as equipes de campo, que podem aumentar em até mais de 400%, de acordo com as condições climáticas", afirma Scala.

Em São Paulo, a companhia prometeu um investimento de cerca de R$ 2 bilhões por ano, 45% a mais do que a média anual dos últimos últimos seis anos. Esse valor prevê destinação, principalmente, para modernização e expansão da rede elétrica, o que inclui a reforma da rede de baixa tensão e automação e instalação de mais equipamentos de automação "para uma reação mais ágil em casos de falta de luz, com redução do número de clientes afetados e gerenciamento remoto", segundo a empresa.

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São Paulo deve receber também 600 mil podas na área de concessão da Enel, o dobro do que o executado no ano passado. Até o fim do mês passado foram 375 mil podas.

A Enel prometeu ainda mais de 1,5 mil novos dispositivos de telecontrole somando as três distribuidoras, sendo 650 em São Paulo.

No Ceará, os investimentos também aumentaram 45% e serão de R$ 1,6 bilhão ao ano. Já no Rio, serão investidos cerca de R$ 1,16 bilhão ao ano até 2026.

Ainda dentro do plano para todo o País até 2026, a companhia afirma que vai contratar 5 mil colaboradores próprios para atuar em campo e integrar 1.650 novos veículos à sua frota nas três distribuidoras, além de intensificar as manutenções preventivas.

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