Em homenagem à professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, que foi vítima de um ataque na Escola Estadual Thomazia Montoro, em 27 de março, localizada na Vila Sônia, na zona oeste de São Paulo, o governo do Estado de São Paulo decidiu mudar o nome da estação Vila Sônia da Linha 4-Amarela do Metrô, administrada pela ViaQuatro.
Ela passará a se chamar Vila Sônia-Professora Elizabeth Tenreiro. "A Estação Vila Sônia, inaugurada em 2021, ganhou a denominação Estação Vila Sônia-Professora Elisabeth Tenreiro por meio do decreto número 67.644/2023 do governo do Estado e passa por adequação da identidade visual", disse a gestão em nota.
Segundo a ViaQuatro, concessionária responsável pela operação e manutenção da Linha 4-Amarela, há outras duas estações com nomes que fazem referência a pessoas ou entidades. A Estação Higienópolis-Mackenzie foi inaugurada em 2018 já com essa denominação, em referência à instituição de ensino que fica no seu entorno. Desde 10 de abril deste ano, a Estação Paulista passou a se chamar Estação Paulista - Pernambucanas em ação de Naming Rights entre a ViaQuatro e a varejista, com validade de ao menos cinco anos.
A Linha 9-Esmeralda, operada atualmente pela ViaMobilidade, também tem uma estação que mudou de nome. Em 2021, o ex-prefeito Bruno Covas, falecido naquele ano, foi homenageado por meio de decreto do governo do Estado, passando a integrar o nome Estação Bruno Covas-Mendes Vila Natal. Ainda de acordo com a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), a mudança ocorreu quando a estação ainda estava sob gestão da CPTM.
Naming Rights do Metrô
Além de estações administradas pela iniciativa privada, o projeto de Naming Rights do Metrô, que associa o nome de estação a uma marca, também alterou o nome de outras estações administradas pela Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô).
"A parceria traz benefícios com a modernização da comunicação visual das estações, a desoneração dos custos de conservação e manutenção, além de melhora da experiência do passageiro e o aumento das receitas não tarifárias do Metrô, revertidas em melhorias para a rede", disse o Metrô.
Conforme a companhia, a premissa é a de não alterar características de referência já consolidadas ao passageiro, utilizando a marca parceira como 'sobrenome' da estação, de forma a não comprometer a identificação do serviço. "Além disso, antes de lançar a iniciativa ao mercado, o projeto foi aprovado pela Comissão de Proteção à Paisagem Urbana (CPPU) da Prefeitura de São Paulo e segue as diretrizes permitidas pelo órgão", afirmou ainda.
Segundo o Metrô, a adoção dos Naming Rights nas estações do Metrô de São Paulo foi avalizada por um estudo de viabilidade e segue uma tendência mundial, vista nos metrôs das cidades de Chicago, Boston, Filadélfia, Nova York, Londres, Madrid e Dubai, entre outras.
Três estações do Metrô (Saúde-Ultrafarma, Carrão-Assaí Atacadista e Penha-Lojas Besni) já têm seus nomes associados às marcas, após processos licitatórios para a seleção da empresa concessionária pelo período de dez anos. A primeira faz parte da Linha 2-Azul e as outras duas da Linha 3-Vermelha.
"Essas três primeiras estações servem de parâmetros para análise do projeto e elaboração de estratégias futuras para outras estações", disse o Metrô. Além disso, a estação Liberdade passou a se chamar Japão-Liberdade, em homenagem que vigora desde julho de 2018.
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