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Diretor da OMS e ex-ministro se mobilizam contra prisão de epidemiologista

Entidades de saúde pública, médicos e ex-ministro da Saúde se mobilizam contra a prisão preventiva do epidemiologista Eduardo Hage, subsecretário afastado de Vigilância à Saúde no Distrito Federal (DF). Ele foi um dos sete alvos de ação da Operação Falso

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 26.08.2020, 13:13:00 Editado em 26.08.2020, 13:20:50
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Entidades de saúde pública, médicos e ex-ministro da Saúde se mobilizam contra a prisão preventiva do epidemiologista Eduardo Hage, subsecretário afastado de Vigilância à Saúde no Distrito Federal (DF). Ele foi um dos sete alvos de ação da Operação Falso Negativo, feita na terça-feira, 25, que apura supostas irregularidades na compra de testes rápidos.

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Amigos de Hage e profissionais de saúde criaram uma "vaquinha" virtual para custear a defesa do epidemiologista, que arrecadou mais de R$ 24 mil até a manhã desta quarta-feira, 26, a partir de 103 doações.

Há contribuições do ex-ministro de Saúde Agenor Álvares, do ex-secretário nacional de Vigilância em Saúde Wanderson Oliveira e do atual vice-diretor da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS), Jarbas Barbosa, entre outros pesquisadores da área de saúde.

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"Toda comunidade de saúde pública que conhece o Eduardo Hage está indignada com essa ação. É algo inominável. Esperamos que a lama que foi jogada nele possa ser limpada", disse Álvares, ex-ministro. "Existe uma espécie de culpabilização de gestor na área da saúde. A pior coisa é ser gestor em saúde pública. Se você faz é punido. Se não faz, é punido também", disse.

A acusação contra Hage é de que ele deu o aval técnico para compra dos testes. Colegas do epidemiologista, além da defesa, afirmam que os produtos eram registrados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) afirma que houve superfaturamento de R$ 18 milhões na compra dos exames.

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O ex-secretário do Ministério da Saúde Wanderson Oliveira afirma que Estados e municípios tiveram de buscar, no começo da pandemia, produtos, como testes, num cenário de escassez no mercado. "Órgãos de controle sabiam o que acontecia a pandemia e poderiam ter acompanhado. Mas tem sido padrão recorrente, gestores estão cada vez com mais medo", afirmou. Para ele, há "componente político importante" nesta ação. "Ele jamais poderia estar preso. Tem residência fixa e estava respondendo a todos os questionamentos", disse Oliveira.

Em nota, a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) exigiu transparência e imediato esclarecimento sobre a ação contra o epidemiologista. "Numa nova demonstração de interesses na propagação de acusações e conclusões precipitadas, não podemos permitir que essas ações atinjam a honra de pessoas comprometidas com o país", afirmou a entidade.

A Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT) manifestou "total solidariedade" a Hage.

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