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Desde 1912, dois competidores não dividiam medalha de ouro

A incrível final do salto em altura terminou com Mutaz Essa Barshim, do Catar, e Gianmarco Tamberi, da Itália, conquistando medalhas de ouro.

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 02.08.2021, 15:13:52 Editado em 02.08.2021, 15:14:05
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A final de salto em altura dos Jogos Olímpicos de 2021 terminou de uma maneira que não era vista há mais de um século: em Tóquio, Mutaz Essa Barshim, do Catar, e Gianmarco Tamberi, da Itália, dividiram a medalha de ouro.

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Depois de uma competição exaustiva que durou mais de duas horas, os dois estavam empatados no placar. Mas, em um momento de nobreza competitiva, eles concordaram em finalizar a disputa e dividir o título.

Tanto Barshim, de 30 anos, quanto Tamberi, de 29, haviam feito saltos de até 2,37 metros e não tiveram tentativas frustradas até chegarem aos 2,39 metros.

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Depois de três falhas de cada um, um dos juízes da prova ofereceu que eles tentassem um desempate para definir quem seria o grande vencedor.

"Podemos ter dois ouros?", perguntou Barshim.

O juiz acenou positivamente com a cabeça. Os dois atletas apertaram as mãos e gritaram de alegria.

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"Eu olhei pra ele, ele olhou pra mim, e nós entendemos", disse Barshim.

"Ele é um dos meus melhores amigos, não só na pista, mas também fora dela. Trabalhamos juntos. É um sonho que se torna realidade. Esse é o verdadeiro espírito desportivo e estamos aqui para transmitir esta mensagem," acrescentou o atleta do Catar.

Feito histórico

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Os dois saltadores fizeram história: foi o primeiro pódio olímpico conjunto no atletismo desde 1912, quando aconteceu a Olimpíada de Estocolmo, na Suécia.

Naquela ocasião, o americano Jim Thorpe e o norueguês Ferdinand Bie dividiram o primeiro lugar na prova do pentatlo.

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De volta a 2021, Tamberi e Barshim se abraçaram antes de sair correndo para comemorar com os treinadores e os companheiros de equipe. Ambos carregavam a bandeira de seus países na celebração.

Barshim acaba de somar a medalha de ouro olímpica a seus títulos mundiais consecutivos, conquistados em 2014, 2017 e 2019.

Ele também ganhou a segunda medalha de ouro do Catar na Olimpíada de Tóquio.

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O primeiro representante do país a subir no lugar mais alto do pódio foi Fares Elbakh, que foi campeão do levantamento de peso na categoria 96kg masculino.

O italiano Tamberi ainda estava festejando na pista de atletismo quando seu compatriota Lamont Marcell Jacobs se somou à comemoração, após a surpreendente vitória dele na final masculina dos 100 metros rasos.

Tamberi e Barshim tiveram que superar lesões graves em suas carreiras, mas acreditam que os sacrifícios valeram a pena.

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"É incrível. Este é um sonho do qual não quero acordar", disse o saltador do Catar.

"Já passei por muita coisa. Há cinco anos estou esperando [a conquista], com lesões e muitos contratempos. Mas hoje estamos aqui compartilhando esse momento e todos os sacrifícios", completou.

Tamberi precisou de um tempo para se recuperar de uma lesão que ameaçou sua carreira e o eliminou da Olimpíada de 2016, disputada no Rio de Janeiro.

"Depois das minhas lesões, só queria voltar. Agora tenho este ouro, o que é incrível. Sonhei com isso tantas vezes...", declarou o italiano.

"Disseram-me em 2016 que eu corria o risco de não poder mais competir. Foi uma longa jornada", acrescentou.

O pódio do salto em altura ainda contou com a presença de Maksim Nedasekau, de Belarus, que ficou com o bronze.

Ele também saltou 2,37 metros, mas teve mais tentativas fracassadas ao longo da disputa.

Com informações: BBC News Brasil

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