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Covid muda rotina e até perfil de igrejas

A pandemia derrubou a presença em até 70% em algumas igrejas católicas de São Paulo, mudou horários e está alterando até o perfil dos fiéis. Idosos passaram a buscar alternativas pela internet, longe das aglomerações, e a meia-idade e a juventude predomin

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 20.02.2021, 13:55:00 Editado em 20.02.2021, 14:01:36
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A pandemia derrubou a presença em até 70% em algumas igrejas católicas de São Paulo, mudou horários e está alterando até o perfil dos fiéis. Idosos passaram a buscar alternativas pela internet, longe das aglomerações, e a meia-idade e a juventude predominam entre os que mantêm o hábito de ir às celebrações.

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"O movimento diminuiu bastante", diz Alzira Cardoso Azevedo, de 62 anos, que costuma frequentar a missa pela manhã na Igreja Imaculada Conceição, dos frades capuchinhos, na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, Bela Vista, região central de São Paulo. Ela afirma que as pessoas estão assistindo à missa em casa, com medo do contágio, e preferem rezar nas transmissões por redes sociais. "Mas tem uma outra coisa acontecendo também. Aqui temos muitos jovens e eles, sim, continuam vindo nas missas mais tarde."

"A frequência caiu mais da metade", diz o funcionário José Oliveira. Ele explica que as pessoas se acomodavam em bancos com capacidade para quatro ou cinco sentados, mas hoje estão limitados a duas. O pároco da Imaculada Conceição, frei Nilton Groppo, de 51 anos, conta que durante a semana um horário de missa, das 19h30, foi cancelado. Ele argumenta, porém, que a redução das presenças ocorre mais entre os idosos. "Mas temos a presença de jovens em todos os horários", diz.

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O movimento presencial desabou também na paróquia dos irmãos paulinos, Santo Inácio de Loyola, da Vila Mariana, na zona sul. "É um bairro que tem muitos idosos", explica o pároco Mário Pizetta, de 68 anos. Segundo ele, no segundo semestre as atividades foram normalizadas, mas com forte redução dos fiéis.

Na Igreja Nossa Senhora do Brasil, nos Jardins, a percepção é semelhante. "Temos capacidade para receber 350 pessoas sentadas, mas agora temos aí cerca de 110, 115, no máximo", conta o padre Michelino Roberto, de 54 anos, há 13 no templo da Avenida Brasil. Ele argumenta, porém, que a queda na frequência não diminuiu a fé das pessoas. Ao contrário, "a procura pelo serviço se intensificou".

De acordo com o padre, houve crescimento da audiência das missas transmitidas pela internet, via YouTube ou Instagram, que chegam a registrar até 1,7 mil aparelhos ligados, como ocorre aos domingos.

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Nas missas presenciais, salienta o religioso, os frequentadores seguem as regras do distanciamento, uso de máscaras e higiene das mãos e, além disso, desenvolvem seus meios de evitar a aglomeração. "A gente nota que há uma solidariedade natural. Eles sabem limites e buscam horários diferenciados." Durante a missa, na hora do ofertório, é exibido um código (QR Code), com as recomendações de como agir para creditar as ofertas em dinheiro.

Já na Catedral da Sé, como local de passagem, no centro, a frequência não sofreu forte redução. Mas o templo também transmite as cerimônias pelas redes sociais. Só a página da Sé no Facebook registra cerca de 12,7 mil seguidores.

Outras religiões

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No Templo Budista Zu Lai, em Cotia, região metropolitana de São Paulo, as visitas, palestras e cultos foram suspensos. As reuniões ocorrem somente para transmissão pela página da internet aos sábados e domingos. Antes da pandemia, eventos chegavam a reunir mais de 5 mil pessoas.

Já fiéis das igrejas da Congregação Cristã do Brasil retornaram aos cultos. "Aqui, a gente tem os irmãos e irmãs que orientam a gente no distanciamento social nos bancos, com máscara, álcool gel e também controle de temperatura na entrada", conta uma frequentadora de Taboão da Serra, na região oeste da Grande São Paulo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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