O governo chinês afirmou, nesta terça-feira (26/1), que a fórmula do imunizante contra o coronavírus Coronavac, que está sendo produzido no Brasil pelo Instituto Butantan, pode ser atualizada em dois meses para dar conta das novas cepas do Sars-CoV-2. A informação foi divulgada pelo jornal chinês Global Times.
Shao Yiming, especialista do Centro Chinês para Controle e Prevenção de Doenças, afirmou em entrevista ao jornal que a reformulação da Coronavac pode demorar mais do que a atualização de vacinas que utilizam a tecnologia de RNA mensageiro (mRNA), como é o caso dos imunizantes Pfizer/BioNTech e Moderna.
Isso porque a vacina chinesa se baseia no método de vírus inativado, ou seja, contém pedaços do coronavírus que não conseguem se reproduzir no corpo humano e, portanto, não provocam a Covid-19. Vacinas deste tipo requerem o cultivo e a inativação do vírus, o que exige mais tempo de produção.
Yiming afirmou, ainda, que a vacina chinesa foi desenvolvida com base na variante do Sars-CoV-2 identificada na cidade de Wuhan no final de 2019. Por isso, há o temor de que a capacidade de neutralização dos anticorpos induzidos pela Coronavac não seja suficiente para conter as novas cepas descobertas no Reino Unido e na África do Sul.
Aos poucos, as empresas que desenvolvem as vacinas estão adaptando as formulações de seus medicamentos para garantir a proteção contra as recentes mutações do coronavírus. Nesta segunda-feira (25/1), a Moderna afirmou que novos testes clínicos demonstraram a eficácia da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela empresa contra as novas variantes do Sars-CoV-2 encontradas no Reino Unido e na África do Sul.
O Brasil aguarda o envio de 5.400 litros de insumos para produzir novos lotes da Coronavac no Brasil. Nesta segunda-feira (25/1), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que a exportação do material foi aprovada, e os insumos já estão em área aeroportuária, prontos para o envio ao Brasil.
Com informações de: Metrópoles.
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