O consumo de alimentos ultraprocessados está associado a 57 mil mortes prematuras no Brasil. Isso é o equivalente a 1 em cada 10 (10,5%) de todas as mortes evitáveis, de acordo com os dados do DataSUS.
A pesquisa foi divulgada na última segunda-feira (07), na revista American Journal of Preventive Medicine. No entanto, foi realizada em 2019 pelo Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo e por pesquisadores das Faculdades de Saúde Pública e Medicina da USP e da Universidade de Santiago (Chile)
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Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), as mortes prematuras são aquelas ocorridas na faixa etária de 30 a 69 anos, quando não há a incidência relevante de doenças da infância e adolescência. Elas incluem também aquelas provocadas pelas chamadas DNT's (doenças não transmissíveis).
Isso significa que, na população brasileira, em 2019, mesmo quando consideradas mortes por acidentes e outras causas não naturais, as mortes prematuras relacionadas aos ultraprocessados representam cerca de um quinto (21,8%) das mortes por DNT's.
A pesquisa
Para avaliar como os alimentos ultraprocessados podem estar associados à mortalidade, os cientistas analisaram 541.160 óbitos prematuros que ocorreram em 2019, dos quais mais ou menos a metade (261 mil) foram de DNT's. Na análise, embora os jovens consumissem mais alimentos ultraprocessados em relação à dieta diária, o número de mortes atribuíveis a esses alimentos era mais alto nos mais velhos.
Por fim, a pesquisa encontrou ainda que uma redução de 10% na quantidade de ultraprocessados ingeridos diariamente reduziria em até 5.900 o número de mortes; o corte de 20% evitaria 12 mil mortes; e até 29 mil mortes (cerca de 51%) poderiam ser evitadas reduzindo o consumo pela metade.
Fonte: Informações Banda B.
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