O consumo aparente de bens industriais no Brasil cresceu 3% em maio, em relação a abril, após três meses seguidos de resultados negativos. O dado foi divulgado nesta quinta-feira (9) pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), no Rio de Janeiro.
O indicador acompanha a produção industrial interna que não é exportada e as importações de bens industriais no país.
Apesar do crescimento em relação aos meses mais afetados pela pandemia de covid-19, o consumo de bens industriais em maio foi 15,8% inferior ao do mesmo mês do ano passado.
A alta em relação a abril foi a primeira desde janeiro, o último mês antes de os reflexos da pandemia crescerem. Em abril, o indicador havia caído 0,3% na comparação com março, quando teve o maior recuo do período da pandemia, com retração de 11,9% ante fevereiro. No segundo mês do ano, o resultado também foi negativo em relação a janeiro, com retração de 1%.
Em 12 meses, o consumo aparente de bens industriais acumula redução de 3,6%. Já no trimestre móvel encerrado em maio, que inclui março e abril, houve recuo de 16,9% em relação ao trimestre fevereiro/março/abril.
Importações
Em maio, a alta no consumo de bens industriais foi maior nas importações, que cresceram 10,5%, enquanto a produção de bens nacionais aumentou 1,9%, ambas na comparação com abril.
O consumo de bens de capital aumentou 68,7% em maio, enquanto o de bens intermediários caiu 0,6%. A maior alta, porém, foi no consumo de bens duráveis, com expansão de 80,6% em relação ao período mais afetado pelo coronavírus. Em comparação com maio de 2019, todas as categorias econômicas tiveram queda.
Entre os 22 segmentos da indústria, 19 tiveram melhora no desempenho em relação a abril, entre eles os veículos automotores, cuja demanda aparente cresceu 56,1%. Já na comparação com maio de 2019, apenas quatro registram crescimento.
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