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Consulta pública sobre vacina da covid para crianças sai do ar horas após início

Horas após ser aberta, a criticada consulta pública do Ministério da Saúde sobre a vacinação da covid-19 para crianças de 5 a 11 anos não aceita mais contribuições. Diferentemente de outras ações do tipo, o formulário foi criado fora de uma plataforma fed

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 24.12.2021, 11:05:00 Editado em 24.12.2021, 11:12:22
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Horas após ser aberta, a criticada consulta pública do Ministério da Saúde sobre a vacinação da covid-19 para crianças de 5 a 11 anos não aceita mais contribuições. Diferentemente de outras ações do tipo, o formulário foi criado fora de uma plataforma federal e não exige validação para as respostas, como informar um CPF ativo, por exemplo. O usuário que tenta responder recebe ao fim a mensagem "O número máximo de pessoas já respondeu a este formulário".

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O jornal O Estado de S. Paulo acessou o formulário (criado no Microsoft Forms) nesta sexta-feira, 24, e conseguiu preencher todas as questões, mesmo ao informar dados de CPF, telefone e município que não existem. Em geral, consultas públicas e outras ações voltadas a levantar contribuições da população são hospedadas em plataformas do governo federal, especialmente a Participa + Brasil, que exige cadastro com validações de segurança padrão.

O formulário também inclui perguntas que dialogam com argumentos da gestão Jair Bolsonaro para colocar em xeque a vacinação infantil contra a covid-19.

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O ministro Marcelo Queiroga, por exemplo, tem defendido que seja necessário apresentar prescrição médica para a vacinação das crianças, o que é criticado por especialistas.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e as entidades científicas afirmam que já foram comprovadas a segurança e a eficácia do imunizante da Pfizer nesta faixa etária. O produto já é usado no exterior, como na Europa e nos Estados Unidos.

Veja alguns exemplos de perguntas da consulta pública:

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- Você concorda com a vacinação em crianças de 5 a 11 anos de forma não compulsória conforme propõe o Ministério da Saúde?

- Você concorda com a priorização, no Programa Nacional de Imunização, de crianças de 5 a 11 anos com comorbidades consideradas de risco para COVID-19 grave e aquelas com deficiência permanente para iniciarem a vacinação?

- Você concorda que o benefício da vacinação contra a COVID-19 para crianças de 5 a 11 anos deve ser analisado, caso a caso, sendo importante a apresentação do termo de assentimento dos pais ou responsáveis?

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- Você concorda que o benefício da vacinação contra a COVID-19 para crianças de 5 a 11 anos deve ser analisado, caso a caso, sendo importante a prescrição da vacina pelos pediatras ou médico que acompanham as crianças?

- Você concorda com a não obrigatoriedade da apresentação de carteira de vacinação para que as crianças frequentem as escolas ou outros estabelecimentos comerciais?

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Sem sistema captcha ou medida para dificultar ação de robôs

Ao fim do formulário, também é disponibilizada uma caixa de comentários para adicionar sugestões por escrito. Não há um sistema captcha ou assemelhado para autenticar o resultado, o que costuma ser usado como medida de segurança e para dificultar a ação de robôs.

Em comunicado à imprensa divulgado nesta sexta-feira, o Ministério da Saúde afirma que a consulta estaria aberta até 2 de janeiro. Apesar da liberação pela Anvisa há mais de uma semana, o governo federal não anunciou uma data de início da vacinação para crianças da faixa etária autorizada, com o imunizante da Pfizer. Nos Estados Unidos, a aplicação começou há mais de um mês.

Na quinta-feira, 23, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o início da vacinação das crianças não exige "decisões emergenciais", embora ao menos 1.148 crianças de 0 a 9 tenham morrido de covid-19 no País desde o início da pandemia e estudos apontarem a segurança do imunizante da Pfizer para a faixa etária autorizada pela Anvisa.

A imunização das crianças também é vista como medida importante para reduzir a transmissão do coronavírus em um momento de avanço da variante Ômicron pelo mundo. Mais contagiosa, essa cepa tem provocado o aumento de infecções na Europa, onde os governos têm retomado os lockdowns e a exigência de máscaras.

O formulário pode ser acessado neste link

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