O 4° Distrito de Porto Alegre, bairro que reúne bares, restaurantes e startups, teve vários pontos de alagamentos após a comporta de contenção do portão 13 do Lago Guaíba, ceder com a pressão da água e arrebentar na noite desta segunda-feira, 20.
Nos últimos dias, a Região Sul tem sofrido com temporais intensos, que já deixaram sete mortos. O Vale do Taquari, região do interior gaúcho destruída por um ciclone em setembro, voltou a inundar.
A Avenida Voluntários da Pátria, uma das principais de Porto Alegre, estava tomada de água entre a Avenida São Pedro e a antiga Ponte do Guaíba, nas proximidades da Igreja Navegantes. No trecho entre a Avenida Cairu e a ponte, a inundação não permitiu a passagem de veículos leves pela região.
Durante a madrugada desta terça-feira, 21, agentes da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e Departamento de Água e Esgotos (DMAE) trabalharam para conter a vazão da água, colocando sacos de areia. No entanto a região segue alagada.
Esta foi a terceira vez, num período de dois meses que as comportas são fechadas. As últimas ações haviam ocorrido em 2015, quando o Lago Guaíba passou da cota de inundação.
Devido aos alagamentos que atingiram os trilhos, a Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre (Trensurb) paralisou temporariamente os embarques de passageiros em três estações: Mercado, Rodoviária e São Pedro. Conforme a empresa, ainda não há previsão de retomada dos serviços.
Segundo a Metsul Meteorologia, a mais recente medição do nível do Lago Guaíba, realizada na manhã desta terça-feira no Cais Mauá, aponta 3,44 metros. Este número reflete uma tendência de elevação no nível das águas. Dados de referência destacam que a cota habitual de cheia do lago é de 1,80 metro.
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