Começou na tarde desta segunda-feira, 12, a audiência de instrução e julgamento do médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, de 32 anos, acusado de estuprar uma paciente sedada após um parto em um hospital de São João de Meriti (Baixada Fluminense), em 11 de julho.
Ele está preso desde então e participou da audiência desta segunda-feira por videoconferência, a partir do presídio Pedrolino Werling de Oliveira, conhecido como Bangu 8, no complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu (zona oeste do Rio).
O processo tramita em segredo de Justiça, para proteger a identidade da vítima, e a audiência, comandada pelo juiz Carlos Márcio da Costa Cortazio Correa, da 2ª Vara Criminal de São João de Meriti, foi fechada ao público e à imprensa.
O primeiro ato da audiência foi o depoimento da mulher. Muito emocionada, ela falou por mais de uma hora. Depois foi ouvido o marido dela, cujo depoimento durou cerca de 50 minutos. Em seguida prestaram depoimento três integrantes da equipe de enfermagem que acompanhava o médico durante o parto. Cada um também falou por cerca de 50 minutos.
Às 18h30, ainda faltavam outras testemunhas de acusação, entre elas a delegada Bárbara Lomba, responsável pela prisão em flagrante do médico e pela investigação do caso.
Encerrada a oitiva das oito testemunhas de acusação, será a vez das oito testemunhas de defesa. Depois disso os peritos poderão prestar esclarecimentos, e finalmente ocorrerá o depoimento de Bezerra, que será ouvido por videoconferência.
Em seguida, acusação e defesa ainda se manifestarão, antes que o juízo emita a sentença, da qual pode haver recurso à segunda instância. A reportagem não conseguiu contato com o representante da defesa do médico. Na sexta-feira, a Defensoria Pública disse que não se manifestaria sobre o caso.
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