Nesta quinta-feira (09), a Polícia Civil interditou uma clínica veterinária que atuava em condições insalubres, no bairro Pontal das Graças, em Vila Velha, na Grande Vitória. Segundo a polícia, 16 animais estavam internados em estado precário.
Dentro do estabelecimento, um filhote de cachorro foi encontrado preso dentro de uma máquina de lavar. Outros cães estavam presos em gaiolas. A operação encontrou, ainda, mais 17 animais mortos, sendo que alguns deles estavam dentro de sacos plásticos.
Um veterinário, proprietário do local, foi preso em flagrante por maus-tratos. A polícia informou que havia também um centro cirúrgico em péssimas condições sanitárias, medicamentos vencidos e outras irregularidades.
"Encontramos uma situação grave no local. Era uma situação de horror. Levamos apoio e contamos com o conselho de medicina veterinária para observar as condições do estabelecimento. O local não tinha capacidade para funcionar", explicou o delegado Eduardo Passamani.
Uma cadelinha da raça bulldog foi encontrada morta dentro de um saco plástico. O animal chamado Isadora foi deixada na clínica na última terça-feira (07) pelos tutores. A princípio, o caso seria para resolver um pequeno problema, através de uma cirurgia simples.
"A moça da prefeitura entrou em contato com a minha esposa dizendo que o médico havia sido preso e que a cachorra estava em situação precária. Pensamos que a situação é porque ela estaria suja, não que encontraríamos ela morta", disse o microempresário Marcelo Sousa dos Santos.
Segundo Marcelo, a cachorrinha já tinha ido outras vezes na mesma clínica, mas nem ele e nem a esposa nunca puderam entrar na parte onde os animais ficavam, porém eles nunca desconfiaram desse tipo de situação.
O médico-veterinário André Carolino de Souza foi autuado em flagrante por maus-tratos e encaminhado ao Centro de Triagem de Viana. A pena para maus-tratos é de dois a cinco anos de prisão. Até a última atualização deste texto, através da reportagem do g1, não havia sido possível contato com o preso ou a defesa dele.
A operação que interditou a clínica foi um pedido do Ministério Público do Espírito Santo (MPES), executado pela Delegacia Especializada de Proteção ao Meio Ambiente, com apoio da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Maus-Tratos Contra os Animais, da Assembleia Legislativa (Ales); do Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-ES) e da Prefeitura de Vila Velha.
Fonte: Informações do g1.
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