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Chuva vai continuar no Rio Grande do Sul em meio à elevação da Lagoa dos Patos

Com a permanência da chuva e previsão de temporais e vento forte no fim de semana, o Rio Grande do Sul está em alerta para o aumento no nível de rios, lagoas e outros cursos d'água, inclusive na Grande Porto Alegre. Um dos maiores pontos de preocupação é

Priscila Mengue (via Agência Estado)

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Escrito por Priscila Mengue (via Agência Estado)
Publicado em 11.05.2024, 10:35:00 Editado em 11.05.2024, 10:38:18
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Com a permanência da chuva e previsão de temporais e vento forte no fim de semana, o Rio Grande do Sul está em alerta para o aumento no nível de rios, lagoas e outros cursos d'água, inclusive na Grande Porto Alegre. Um dos maiores pontos de preocupação é o entorno da Lagoa dos Patos, no sul do Estado, que está em elevação e abrange Pelotas, Arambaré, Rio Grande e mais municípios, onde algumas áreas receberam recomendação de evacuação.

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Também voltou a subir o nível do Rio Taquari, na região central do Estado. A situação causa apreensão pela devastação de localidades na semana passada, assim como os impactos subsequentes na região metropolitana, diante do curso dessas águas até o Lago Guaíba - que segue em redução por enquanto, mas tem possibilidade de repique a partir de domingo, 12, ou segunda-feira, 13. Há elevação, também, em trechos do Rio Uruguai, em Uruguaiana, na fronteira com a Argentina.

Cerca de 2 milhões de pessoas foram impactadas pelo maior desastre ambiental do Rio Grande do Sul, de acordo com a Defesa Civil. O número de mortes subiu para 136, mas autoridades têm destacado que os dados são parciais e irão subir. Ao menos 444 dos 497 municípios do Estado foram afetados. Pelo menos 71,3 mil pessoas estão em abrigos e outras 339,9 mil estão desalojados.

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Seis regiões do Estado estão em risco hidrológico severo, de acordo com a Defesa Civil, enquanto quase todo os restante está em situação de alerta ou atenção. A exceção é para alguns municípios do extremo sul. Também há preocupação com deslizamentos, especialmente na Serra Gaúcha.

"Devido ao prognóstico dos próximos dias, a Defesa Civil orienta às pessoas que moram em áreas com declive ou elevação nas regiões da Serra, Litoral Norte, Vales e Centro do Estado a respeito dos riscos da ocorrência de movimentos de massa nessas regiões", destaca em comunicado da noite de sexta-feira, 10.

Segundo destaca a Defesa Civil, a previsão é que as chuvas intensas e persistentes permaneçam em grande parte do Estado no domingo e na segunda. A onda de frio também tem começado a baixar as temperaturas, com previsão de que as mínimas cheguem entre 2º C e 10º C a partir de terça-feira, 14, quando a chuva deve dar uma trégua.

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O Rio Taquari aumentou de 7,12m, à meia-noite, para 10,84m às 7h. Com o aumento, entrou na cota de alerta, mas ainda está abaixo da cota de inundação, que é de 18m. A medição é feita em Muçum, um dos municípios mais afetados no Estado.

No entorno da Lagoa dos Patos, na chamada Costa Doce, há registro de bloqueios e avanço da inundação. Prefeituras têm alertado para a dificuldade de medição do nível da água, que não foi mais atualizada pelo Estado desde a noite de sexta, quando estava com 2,48m, o dobro do registrado no dia 3. Cidades têm relatado elevação e níveis superiores. A cota de inundação é de 1,3m.

Em São Lourenço do Sul, parte dos abrigos estão lotados. Em Pelotas, a maior preocupação é com a Praia do Laranjal e a localidade de Valverde, com ao menos 632 pessoas em abrigos. No Rio Grande, a Prefeitura emitiu um alerta para a evacuação de mais áreas, com maior preocupação para a situação em partes do centro, da zona portuária, das ilhas e mais bairros.

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A Santa Casa do Rio Grande decidiu transferir a emergência hospitalar temporariamente para o Hospital de Cardiologia. "Essa medida visa garantir a continuidade e a qualidade no atendimento às urgências", justificou em comunicado na sexta.

O Rio Grande do Sul está em estado de calamidade pública, com bloqueios em rodovias, pontes e vias de acesso, crise no abastecimento de mantimentos e falta de água e energia em parte dos municípios. Na Saúde, hospitais e postos de saúde foram afetados, com dificuldade para a obtenção de insumos e medicamentos essenciais.

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