A China divulgou neste domingo (20) a primeira nova morte por Covid-19 no país em quase meio ano. Em uma nova onda de casos, o governo voltou a impor medidas rigorosas de circulação de pessoas em Pequim e em todo o país para prevenir novos surtos.
Conforme a Comissão Nacional de Saúde, a vítima fatal foi um homem de 87 anos. No total, o número de mortos por Covid-19 no país, desde o início da pandemia, é de 5.227 - é um dos menores índices, proporcionalmente, no mundo inteiro. A última morte confirmada no país havia sido em 26 de maio em Xangai, que teve na ocasião o maior surto de coronavírus até agora na China.
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Embora a China tenha uma taxa geral de vacinação de mais de 92% tendo recebido pelo menos uma dose, o número é consideravelmente menor entre os idosos – principalmente aqueles com mais de 80 anos – onde o índice cai para apenas 65%.
Essa vulnerabilidade é considerada uma das razões pelas quais a China manteve suas fronteiras fechadas durante a maior parte do tempo desde o início da pandemia e manteve sua política rígida de “zero covid”. A medida, que já foi criticada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), busca eliminar o contágio por meio de bloqueios, quarentenas, rastreamento de casos e testes em massa, apesar do impacto na vida normal e na economia e a crescente raiva pública contra as autoridades.
A China diz que sua abordagem dura valeu a pena em números muito menores de casos e mortes do que em outros países, como os Estados Unidos - no Brasil, o número de mortos passa de 700 mil.
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Com uma população de 1,4 bilhão, a China registrou oficialmente apenas 286.197 casos desde que o vírus foi detectado pela primeira vez na cidade de Wuhan, no centro da China, no final de 2019. Isso se compara a 98,3 milhões de casos e 1 milhão de mortes nos EUA, com sua população de 331,9 milhões, desde que o vírus apareceu pela primeira vez lá em 2020.
Os números da China foram questionados, no entanto, com base na reputação há muito estabelecida do Partido Comunista de manipular estatísticas, na falta de escrutínio externo e em critérios altamente subjetivos para determinar a causa da morte.
Ao contrário de outros países, as mortes de pacientes que apresentavam sintomas de Covid-19 eram frequentemente atribuídas a condições subjacentes, como diabetes ou doenças cardíacas, obscurecendo o número real de mortes pelo vírus e quase certamente levando a uma subcontagem.
As informações são do site g1.
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