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Chacina no DF: polícia conclui inquérito e conta como crimes ocorreram

Suspeitos de cometer os crimes estão presos; motivação seria terras que parte da família morava, avaliadas em R$ 2 milhões

Da Redação

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Dez corpos localizados já foram identificados
Icone Camera Foto por reprodução/UOL
Dez corpos localizados já foram identificados
Escrito por Da Redação
Publicado em 27.01.2023, 18:11:21 Editado em 27.01.2023, 18:11:20
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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) concluiu nesta sexta-feira (27) o inquérito que investiga os assassinatos de dez pessoas da mesma família. Segundo a corporação, os crimes foram motivados por terras em que parte da família morava, avaliadas em R$ 2 milhões. Cinco suspeitos de cometer os crimes estão presos.

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Gideon Batista de Menezes, Horácio Carlos Ferreira Barbosa, Fabrício Silva Canhedo e Carlomam dos Santos Nogueira, planejaram o crime macabro para se apossar das terras, acreditando que, se toda a família fosse morta, a propriedade não teria herdeiros.

- LEIA MAIS: Chacina no DF: 4º suspeito de participar do crime se entrega à polícia

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Segundo a polícia, os suspeitos achavam que poderiam vender as terras posteriormente. Gideon e Horácio eram amigos de uma das vítimas e também moravam na propriedade.

Carlos Henrique Alves da Silva e um adolescente também participaram do crime, segundo os investigadores, mas tiveram participações menores.

Veja a ordem cronológica em que os assassinatos ocorrera, segundo informações apuradas pela polícia.

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28 DE DEZEMBRO

Na noite de 28 de dezembro, Marcos Antônio Lopes de Oliveira, Renata Juliene Belchior e Gabriela Belchior foram rendidos por Carlomam e o adolescente, na chácara em que moravam. O acesso ao local foi dado por Gideon, que também vivia no local.

Durante a ação, Horácio se fez de vítima diante da família. Com uma arma de fogo, Carlomam ameaçou Marcos e Horácio, enquanto Renata e Gabriela estavam dentro da casa. No entanto, Marcos reagiu e foi atingido por um disparo na nuca, feito por Carlomam.

Agonizando, Marcos foi enrolado em um tapete e colocado dentro do carro de Gideon, que também estava no local para ajudar com a farsa. Já Gabriela e Renata foram amordaçadas, vendadas e amarradas. Todos foram de carro até um cativeiro, em Planaltina.

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Já no cativeiro, Carlomam, Gideon e Horácio esquartejaram o corpo de Marcos Antônio antes de o enterrarem. Diante da brutalidade do crime, o adolescente decidiu fugir do local. Gabriela e Renata foram mantidas reféns, sendo vigiadas por Fabrício Silva Canhedo.

4 DE JANEIRO

De acordo com a Polícia Civil, os investigados também queriam R$ 200 mil obtidos por Cláudia Regina Marques de Oliveira — ex-mulher de Marcos Antônio — com a venda de uma casa.

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Após a venda, o grupo mandou uma mensagem pelo celular de Marcos Antônio para Cláudia, oferecendo a ajuda de Gideon, Horácio e Fabrício na mudança dela e da filha, Ana Beatriz Marques de Oliveira, para a nova casa.

Com acesso à casa nova, o trio permitiu a entrada de Carlomam, que rendeu Cláudia em uma simulação de assalto.

Em seguida, Gideon e Horácio levaram Ana até a residência, e Carlomam simulou novamente o assalto. Segundo a polícia, Gideon e Horácio se fizeram de vítimas mais uma vez.

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Com mãe e filha rendidas, elas foram levadas para o cativeiro de Planaltina, onde Gabriela e Renata já estavam.

12 de janeiro

A Polícia Civil afirma que Thiago Gabriel Belchior, marido de Elizamar e filho de Marcos Antônio, começou a perguntar para Gideon e Horácio sobre o paradeiro do pai. Por isso, o grupo decidiu antecipar o sequestro de Thiago e do restante da família.

Eles atraíram o homem até a chácara ao mandar uma mensagem, mais uma vez pelo celular de Marcos, pedindo para que ele fosse até o local, com Elizamar e os três filhos. Um papel com o que deveria ser escrito na mensagem foi encontrado no cativeiro.

Como o adolescente não aceitou mais participar do esquema, o grupo chamou Carlos Henrique Alves da Silva para ajudar no sequestro do restante da família. Mais uma vez, Carlomam rendeu as vítimas simulando um assalto, para que Horácio e Gideon continuassem como vítimas para a família.

Thiago foi amordaçado e amarrado para ser levado ao cativeiro. Já Elizamar e as crianças foram colocadas dentro do carro da cabeleireira e levados para Cristalina (GO), onde eles foram mortos e o veículo foi queimado.

14 de janeiro

De volta ao cativeiro, os investigados pegaram Renata e Gabriela e as levaram de carro até Unaí (MG), segundo a Polícia Civil. Assim como fizeram com Elizamar e as crianças, eles queimaram o veículo com o carro das duas mulheres dentro.

15 de janeiro

Com uma faca, Carlomam e Horácio mataram Thiago, Cláudia e Ana. Os corpos foram enterrados em uma cisterna, em uma área rural de Planaltina.

Com informações do G1.

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