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Chacina em Vila Isabel, no Rio: qual é a principal suspeita da polícia

A chacina que deixou cinco mortos em uma praça de Vila Isabel, zona norte do Rio, na madrugada de segunda-feira, 19, é mais um capítulo da disputa entre duas facções rivais, na avaliação da Polícia Civil do Rio. Segundo os policiais, o alvo era Pedro Henr

Fabio Grellet (via Agência Estado)

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Escrito por Fabio Grellet (via Agência Estado)
Publicado em 19.08.2024, 21:40:00 Editado em 19.08.2024, 21:46:39
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A chacina que deixou cinco mortos em uma praça de Vila Isabel, zona norte do Rio, na madrugada de segunda-feira, 19, é mais um capítulo da disputa entre duas facções rivais, na avaliação da Polícia Civil do Rio. Segundo os policiais, o alvo era Pedro Henrique Barbosa da Conceição, conhecido como Marreco ou V7, de 18 anos, um dos chefes do tráfico no Morro dos Macacos, comunidade a pouco mais de um quilômetro do local do crime.

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Lá, o tráfico é dominado pela facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP). Barbosa foi um dos mortos na chacina. Vizinhos ao Morro dos Macacos ficam os morros São João e da Mangueira, onde o tráfico é dominado pelo Comando Vermelho (CV).

Os confrontos entre as duas facções são antigos, mas a situação se agravou a partir de janeiro, quando ocorreram deserções. Descontentes com o salário pago pelo TCP, cujo líder no morro dos Macacos é o traficante Leandro Nunes Botelho, o Scooby Doo, um grupo de ao menos sete criminosos aderiu ao Comando Vermelho e se distribuiu entre o morro São João e o da Mangueira.

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Cinco desses traficantes foram identificados pela polícia: Brando Endresson de Oliveira Lins, o Dadal, Welerson Gonçalves de Jesus, o Cara Fina, Pedro Paulo Lucas Adriano do Nascimento, o Titauro, Tallison Ferreira de Souza, o Cuca, e um quinto conhecido como Jilozinho.

Segundo a polícia, na noite de domingo, 18, uma mulher viu Barbosa na praça Barão de Drummond e avisou os criminosos que mudaram de facção. Alguns deles saíram da Mangueira e foram ao local para matar o agora rival.

O crime ocorreu por volta de 0h15, minutos após o fim de uma apresentação musical. Por isso, muita gente ainda estava na praça.

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Além de Barbosa, morreram na hora ou logo depois Gabriel Pereira Candido, de 24 anos, Pedro Henrique Pereira dos Santos, de 18, e Thailon Martins Lucas, de 17. Outras três pessoas ficaram feridas e foram levadas ao Hospital Federal do Andaraí, também na zona norte. Wallace de Oliveira Cláudio, de 33 anos, morreu nesta segunda-feira, 19. Outro ferido teve alta nesta segunda-feira e o terceiro segue internado.

Na tarde desta segunda-feira, um homem foi preso quando passava por estabelecimentos comerciais da região onde o crime ocorreu ordenando o fechamento deles. Policiais militares do 6º Batalhão flagraram o rapaz no Boulevard 28 de Setembro e o conduziram à 20ª DP (Tijuca), onde foi indiciado por associação ao tráfico de drogas.

Também na tarde desta segunda, o governador Cláudio Castro (PL) se manifestou sobre a chacina: "Nossas forças de segurança estão nas ruas para identificar e prender os bandidos que abriram fogo em uma praça em Vila Isabel. Nossa inteligência já sabe que o crime ocorreu por causa da disputa entre facções criminosas rivais. Um dos chefes do tráfico do Morro dos Macacos está entre os mortos. É a máfia mais uma vez querendo espalhar terror, mas não daremos trégua para bandidos", escreveu nas redes sociais.

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Outro crime praticado no Morro dos Macacos no início deste mês, que deixou dois mortos, também é atribuído à disputa entre as duas facções. Na noite de 4 de agosto, domingo, criminosos em um carro e uma moto dispararam mais de 20 tiros em direção a convidados de uma festa na Rua Piabanha.

Duas pessoas morreram: o estudante Guilherme Souza de Assis, de 13 anos, que passava pelo local a pé com a mãe (que também foi baleada, mas sobreviveu), e o entregador Luiz Gabriel Costa de Jesus, de 20 anos, que voltava para casa de bicicleta. Ele deixou uma filha de 7 meses. Nenhum deles era o alvo dos criminosos, segundo a polícia. O adolescente era primo de Wallace de Oliveira Cláudio, morto na chacina deste domingo por outra bala perdida.

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