O governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL), cobrou o governo federal sobre o acordo para restrição de voos no Santos Dumont como solução para impulsionar o movimento no Galeão. Na semana passada, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), anunciou que a reorganização dos voos entre os aeroportos do Rio de Janeiro seria oficializada até o dia 10 de agosto, após reunião com o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França.
"Houve um acordo entre o governo do Estado, a prefeitura e o governo federal. Da nossa parte, só estamos esperando o cumprimento por parte do Governo Federal, que foi tratado com o presidente (Lula). Ele teve a sensibilidade de entender que a restrição do Santos Dumont é fundamental para o reaquecimento do Galeão e a princípio ainda está dentro do dos prazos. A gente confia na palavra do presidente", disse o governador ao sair de uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
A reorganização para contornar a redução de demanda no Galeão prevê a limitação da oferta de voos no Aeroporto Santos Dumont como solução. A ideia seria deixar o terminal no Centro dedicado apenas à ponte aérea Rio-São Paulo e aos voos para Brasília. Castro disse que "espera que os ministros façam a palavra dele (presidente Lula) ser cumprida", mas que dificilmente haverá algum anúncio nesta semana.
Castro esteve com Haddad para tratar de dois temas específicos. Um deles é o impasse entre a Petrobras e a Agência Nacional do Petróleo (ANP), sobre a separação dos campos de Lula e Cernambi, que bloqueiam cerca de R$ 6 bilhões de royalties do Estado. O outro envolve uma solução para uma obra da Fiocruz, de um projeto que será o maior complexo farmacêutico industrial da América Latina, capaz de suprir a demanda interna de vacinas e permitir a exportação do medicamento.
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