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Caso Vitória: suspeito matou adolescente para esconder suposta traição

Maicol Santos disse em depoimento que teve um caso com Vitória e ela estaria ameaçando contar para a esposa dele

Da Redação

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Vitória Regina de Sousa, 17 anos
Icone Camera Foto por Reprodução/Redes sociais
Vitória Regina de Sousa, 17 anos
Escrito por Da Redação
Publicado em 19.03.2025, 10:22:37 Editado em 19.03.2025, 10:22:37
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Maicol Sales dos Santos, principal suspeito de assassinar Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, foi interrogado na segunda-feira (17). Durante depoimento, ele revelou detalhes sobre o crime e afirmou que teria matado a adolescente para evitar que ela contasse para a esposa dele que os dois teriam tido um caso.

Durante uma entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (18), o diretor do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo, Luiz Carlos do Carmo, informou que a confissão de Maicol confirma a obsessão dele para com a jovem. "Ele dá a confissão [do assassinato] e fica muito claro que ele era obcecado pela vítima", afirma o diretor. O SBT teve acesso ao interrogatório na íntegra e divulgou.

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📰 LEIA MAIS: Caso Vitória: jovem não sofreu violência sexual e foi morta a facadas

Maicol era vizinho de Vitória. Ele morava no bairro Ponunduva, onde a adolescente também residia com a família. No dia do desaparecimento, 26 de fevereiro, ele estava de carro quando viu Vitória andando a pé até a casa dela. O suspeito disse durante depoimento que teve um caso com a jovem há mais de um ano, e que ela teria feito ameaças de contar para a mulher dele. "Teve um envolvimento com Vitória há cerca de um ano e meio, apenas trocado alguns carinhos".

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Vitória teria entrado no carro espontaneamente e discutiu com Maicol. Ele disse que foi agredido e então pegou uma faca. O laudo pericial do Instituto Médico Legal (IML) aponta que a adolescente apresentava cortes por faca no tórax, no pescoço e no rosto. "Ela entrou no carro e num determinado momento começou a se debater e ele prontamente pegou a faca que estava do seu lado e desferiu os golpes", afirma o delegado Fabio Lopes Cenachi.

Maicol disse que Vitória não teve tempo de gritar. Com a jovem sangrando no banco do passageiro, o suspeito foi até a casa dele. Na sequência, colocou o corpo no porta-malas e então levou até o matagal em Cajamar. Ele pegou uma pá e uma enxada na oficina do padrasto e cavou uma cova rasa, onde teria colocado o corpo da jovem. O assassino ainda tirou as roupas de Vitória, colocou-as no porta-malas do carro e voltou pra casa. Após essas ações, ele foi dormir.

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"Não houve decapitação, não houve espancamento, não houve nenhuma fratura, a única violência física empreendida contra ela foram as facadas, uma delas pegou a base da aorta", esclarece o delegado. A faca foi jogada em um rio, e as roupas queimadas em meio ao lixo. No interrogatório, Maicol negou ter raspado o cabelo de Vitória. Questionado sobre o corpo da jovem ter sido localizado no mato e não em uma cova rasa, ele disse não saber quem pode ter desenterrado.

Na confissão, Maicol disse ainda que não falou do crime com ninguém, apenas com seus advogados. Ele afirmou que nenhum dos outros investigados tem envolvimento no caso. A polícia acredita na confissão, mas tem dúvidas sobre alguns detalhes.

Maicol foi definido como um psicopata, que agiu sozinho. Ele perseguia a jovem desde o ano passado. Fotos dela e de outras mulheres parecidas fisicamente com Vitória foram encontradas no celular dele.

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