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Caso Joaquim: padrasto é condenado a 40 anos de prisão pela morte de criança; mãe é absolvida

Acusado da morte de seu enteado, o menino Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, em novembro de 2013, o padrasto Guilherme Raymo Longo, de 38 anos, foi condenado pelo tribunal do júri, no final da noite deste sábado, 21, a 40 anos de prisão, sem direito a reco

José Maria Tomazela (via Agência Estado)

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Escrito por José Maria Tomazela (via Agência Estado)
Publicado em 22.10.2023, 11:19:00 Editado em 22.10.2023, 11:23:08
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Acusado da morte de seu enteado, o menino Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, em novembro de 2013, o padrasto Guilherme Raymo Longo, de 38 anos, foi condenado pelo tribunal do júri, no final da noite deste sábado, 21, a 40 anos de prisão, sem direito a recorrer em liberdade. A mãe de Joaquim, Natália Mingoni Ponte, de 37, que respondia por ter se omitido na proteção ao filho, foi absolvida. A defesa do réu antecipou que vai entrar com recurso. O julgamento, quase dez anos após o crime, foi iniciado na segunda-feira, 16, e encerrado após seis dias de depoimentos e debates com a leitura dos votos dos jurados, no Fórum de Ribeirão Preto, interior de São Paulo. O juiz José Roberto Liberal, que preside o júri popular, havia antecipado os interrogatórios dos réus - Natália e Guilherme - para a sexta-feira, reservando este sábado para os debates entre defesa e acusação. Em seu depoimento, pela primeira vez, Natália acusou o ex-companheiro de ter matado a criança. Ele teria aplicado uma dose alta de insulina no menino e jogado o corpo em um córrego próximo à residência da família. Já Guilherme voltou a dizer que é inocente. O júri, composto por cinco mulheres e dois homens, acatou a tese do Ministério Público, segundo a qual o padrasto teria aplicado doses excessivas de insulina em Joaquim, que tinha diabetes, causando sua morte. O MP havia pedido a condenação de Longo por homicídio triplamente qualificado, por motivo fútil, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Longo está detido na Penitenciária de Tremembé. Com a condenação, ele deve continuar preso, dando sequência ao cumprimento da pena. Natália Ponte já respondia ao processo em liberdade. Com a absolvição ela deixa de ter restrições à sua condição de pessoa livre.

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Relembre o caso

No dia 5 de novembro de 2013, o menino Joaquim, então com três anos de idade, desapareceu da casa em que vivia com a mãe e o padrasto no Jardim Independência, em Ribeirão Preto. A polícia e os bombeiros vasculharam o bairro e um córrego próximo e nada encontraram. No dia seguinte, a Polícia Civil pediu a prisão temporária de Natália e Guilherme, mas o pedido foi negado. Cinco dias após o desaparecimento, o corpo do menino foi encontrado no Rio Pardo, em Barretos, por um sitiante. A necropsia indicou que Joaquim estava morto antes de ser jogado no rio. No mesmo dia, Natália e Guilherme foram presos temporariamente. Na época, a polícia entendeu que só o casal teve acesso à criança antes de ela ser morta. Nos depoimentos à polícia, Natália e Guilherme negaram o crime. Ele disse que teria colocado o enteado para dormir e saiu para comprar drogas. Ao voltar, Natália já estava dormindo e ele também pegou no sono, só percebendo que a criança tinha sumido ao acordar, no dia seguinte. No dia 10 de dezembro, a mãe da criança obteve habeas corpus e foi libertada. Ela voltou a ser presa em janeiro de 2014, mas foi outra vez colocada em liberdade. Em fevereiro de 2016, foi a vez de Guilherme Longo ser solto para aguardar o julgamento em liberdade. Em setembro do mesmo ano, ele fugiu e só foi preso em abril de 2017, por agentes da Interpol, em Barcelona, na Espanha. Ele foi visto em uma rua da cidade espanhola por um produtor de TV que o denunciou à polícia internacional. Extraditado em janeiro de 2018, ele voltou para a prisão, em Tremembé.

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