O secretário nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo, disse que a prisão dos dois fugitivos de Mossoró mostra que o combate ao crime organizado está no caminho certo, evidenciando um "modelo correto" de atuação integrada entre todas as forças de segurança do Estado. "Foi um trabalho conjunto de estratégia e foi uma operação de sucesso", disse em entrevista concedida nesta sexta-feira, 5, àGlobonews, destacando que eles não pretendiam levar 50 dias para a captura, mas o importante é que tudo deu certo, e agora seguir em frente com novas medidas.
Na entrevista, o secretário disse que há um esforço conjunto de todos os entes federativos, incluindo os Estados, para o combate às facções e ao crime organizado também. Ele disse que os fugitivos tiveram auxílio de facção. "Agora é olharmos para frente e corrigir o que estava errado, quando assumimos."
Lavagem de dinheiro
Sarrubbo disse que os consórcios de governadores estão enviando propostas para o combate ao crime e que o Congresso Nacional é o palco mais adequado para essas discussões. "Os ajustes são necessários, incluindo aspectos legislativos", emendou. "Facção criminosa é uma empresa que busca o lucro, por isso estamos atentos à lavagem de dinheiro", ressaltou.
O secretário destacou mais de uma vez a importância da atuação de todo o Estado brasileiro no combate ao crime organizado. Ele disse que esse combate deve ser pensado de forma integrada, envolvendo Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, as polícias estaduais - Militar, Civil - além de Receita Federal e Coaf. Sarrubo defende também a participação do Ministério Público no debate.
Nesta quinta, 4, os dois foragidos de Mossoró foram presos, 51 dias depois de terem escapado da penitenciária. Deibson Cabral e Rogério Mendonça, ligados ao Comando Vermelho, formaram o que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, chamou de "comboio do crime" para tentar sair do País. Eles usaram até um barco para se deslocar do Ceará para o Pará, onde foram capturados.
Nesta sexta, o Ministério da Justiça formalizou a dispensa de Humberto Gleydson Fontinele Alencar da função de diretor da Penitenciária Federal de Mossoró (RN). A destituição do diretor tem efeito desde 14 de fevereiro, quando ele já havia sido afastado logo depois da fuga dos dois detentos. O governo viu falhas no sistema e gestão do presídio que favoreceram a fuga.
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