Na primeira quinzena deste mês de julho, a equipe de captura de aranhas-marrom (Loxosceles spp) do Centro de Produção e Pesquisa de Imunobiológicos (CPPI) do Paraná, unidade da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), trouxe para os laboratórios 2.459 animais, cerca de 20% a mais do que o habitual, que é de 1.875 aranhas no período de duas semanas. Esse trabalho de campo foi realizado no Norte Pioneiro, nos municípios de Cambará, Andirá e Quatiguá. Durante o ano, são capturadas cerca de 45 mil indivíduos de três espécies de aranha-marrom, em várias regiões do Paraná e de Santa Catarina - uma média de 3.750 animais por mês, somando as coletas nos dois estados.
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As aranhas-marrom capturadas são levadas para laboratórios, onde é retirado o veneno, usado para fabricação do soro para atendimento a pessoas que sofrem picadas. A Sesa disponibiliza em todas as Regionais de Saúde a soroterapia antiveneno para ser usada conforme indicação clínica em caso de ocorrer o acidente. Com o veneno de 45 mil aranhas-marrom podem ser produzidas até 15 mil ampolas de antiveneno.
Segundo o farmacêutico Erickson Moura, responsável pela equipe, o processo é rigoroso. O trabalho de captura requer cuidados e experiência dos profissionais, por conta do veneno que cada um desses animais carrega. “Existe um mapeamento prévio dos locais de coleta, seguida da extração do veneno na área laboratorial e a manutenção das aranhas-marrom. Os profissionais executam a extração gota a gota do veneno de cada aranha capturada. É muito minucioso”, explicou Erickson Moura. “O trabalho da equipe é imprescindível, pois, além do esforço em campo, os profissionais têm enfrentado condições adversas nos locais em que atuam”, disse.
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