Estudantes de todo o país participaram neste domingo (12) do segundo dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a principal forma de ingresso em instituições de ensino superior. O exame também serve para se obter subsídios por meio dos programas Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e Programa Universidade Para Todos (ProUni). Na capital paulista, os candidatos tiveram que lidar com o calor.
A avaliação de estudantes ouvidos pela Agência Brasil é de que a prova teve nível de dificuldade médio, assim como no primeiro dia do exame, no último domingo (5). A prova de hoje testou conhecimentos em ciências da natureza e em matemática.
As provas começaram às 13h30 e terminaram às 18h30. Candidatos que terminaram as provas mais cedo puderam sair, mas sem levar o caderno de provas. O gabarito será divulgado no próximo dia 24, e o resultado com o desempenho de cada candidato, no dia 16 de janeiro.
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Por volta de 17h, diversos pais e mães já aguardavam seus filhos do lado de fora do campus Vergueiro da Universidade Paulista (Unip). A jovem Karoliny da Silva Santos, de 21 anos, já cursa psicologia, mas prestou o exame para tentar uma bolsa do Prouni e, assim, dar continuidade aos estudos.
Ela já fez a prova duas vezes e conta que o calor tornou o exame deste domingo mais cansativo: "o calor cansou, fica um ar abafado e a água da garrafa esquenta".
Perguntada sobre a percepção de alunos faltantes na sala em que fez a prova, a universitária Karoliny notou menos ausências do que nos outros anos em que fez a prova. Já para a estudante Giovanna Alves, de 17 anos, houve mais ausências neste segundo dia de provas do que no primeiro.
Giovanna está no último ano do ensino médio e pretende cursar arquitetura na Universidade Mackenzie. Essa é a terceira vez que faz o Enem e, ao comparar a prova com os demais anos, atribui nota 7 de dificuldade.
"Acho que fui melhor nesse segundo dia, porque tenho mais facilidade com as disciplinas", comenta ela, que tem uma rotina de duas a três horas de estudo em casa.
A candidata Lara Lima, de 18 anos, quer seguir carreira na biomedicina e pretende ingressar em uma universidade pública, de preferência em São Paulo ou no Rio de Janeiro. Ela acha que teve um desempenho melhor no primeiro dia de prova. "Eu me dou melhor com a parte de linguagem", observa. "Acho que o mais complicado é administrar o tempo."
Em relação à véspera do teste, Lara disse que evita deixar o desespero tomar conta. "Não peguei nada para estudar. Eu prefiro ficar tranquila".
Enem em São Paulo
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, a Polícia Militar escalou um efetivo de cerca de mil agentes e 491 viaturas para fazer o policiamento nas ruas da capital. As equipes foram orientadas a priorizar os arredores dos locais de prova. A pasta informou também que os batalhões de Ações Especiais de Polícia (BAEPs) reforçaram a operação deste domingo.
O estado de São Paulo é o que teve mais inscritos. Foram 590.770, conforme o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Do total de inscritos, 60,8% (359.699) são mulheres.
Os candidatos brancos são maioria no estado, com 349.062 inscrições, o que equivale a 59%. Os pardos respondem por 161.108 inscrições (27,2%), seguidos pelos pretos, com 61.039 das inscrições (10,3%); amarelos, com 12.254 (2%); e indígenas, com 1.806 inscrições (0,3%). Ao todo, 5.501 candidatos deixaram de informar suas características étnico-raciais ao se inscrever.
Em relação à faixa etária, a prevalência é de grupos em idade escolar, mais especificamente de estudantes que cursam ensino médio sem atraso na trajetória escolar, ou seja, na época adequada de concluir os níveis da educação básica. Assim, 215.745 candidatos têm 17 anos (36,5%). O segundo maior grupo é o de candidatos com 18 anos, composto por 93.100 pessoas (15,7%). Na sequência, vêm os candidatos com 21 a 30 anos (14%), de 16 anos (12,5%), de 19 anos (6,9%), de 31 a 59 anos (6,3%) e de 20 anos (4,1%). Há, ainda, um contingente de 1.250 inscritos no estado de São Paulo com idade maior ou igual a 60 anos (0,2%).
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