As temperaturas devem permanecer elevadas em março. A expectativa é de que seja um mês predominantemente quente e abafado em diversas áreas do Brasil. São esperadas três a quatro frentes frias passando pela costa do sul e do sudeste do país durante o mês, mas devem ser quase todas oceânicas, de acordo com projeção da empresa Climatempo.
Neste domingo (3), uma nova frente fria está prevista para atingir a região sul do Brasil, trazendo consigo um ciclone extratropical. Veja mais detalhes abaixo.
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"O ar frio de origem polar, que vem naturalmente com as frentes frias, não vai conseguir avançar pelo interior do Brasil para provocar queda de temperatura relevante", reforça a empresa de meteorologia. A chance de entrar algum ar frio de origem polar pelo interior da região sul e em parte do sudeste será somente no fim do mês, trazendo um ar de outono, com noites ligeiramente frias.
“Não se pode descartar também a possibilidade de ondas de calor em áreas do sul do país, principalmente no oeste do Paraná, em Mato Grosso do Sul, e no oeste de São Paulo ao longo do mês de março”, estima a Climatempo.
Ainda sob influência do El Niño
Em anos considerados normais para a meteorologia, março é o primeiro ou o segundo mês com maior volume médio mensal de precipitação no norte e no centro-norte do nordeste. Além disso, segundo a Climatempo, março é o pico do período chuvoso na maioria das áreas da região norte e no litoral norte do nordeste.
Nesta época, no sudeste e no centro-oeste normalmente ainda ocorrem temporais, típicos de calor, mas as médias de precipitação são naturalmente menores do que em janeiro ou em fevereiro. No entanto, conforme a empresa de meteorologia, os fenômenos como El Niño – ainda vigente, embora em tendência decrescente e La Niña modificam o padrão de chuva no Brasil.
“O fenômeno El Niño aquece as águas do Oceano Pacífico Equatorial e em boa parte do Brasil eleva as temperaturas, e por consequência, a sensação térmica”, acrescenta Luíza Cardoso, meteorologista da Climatempo.
Desta forma, março não terá tanta chuva como em anos anteriores. “Mesmo enfraquecendo, o El Niño ainda terá poder para deixar a circulação de ventos menos favorável à chuva. As pancadas vão ocorrer e serão fortes em vários momentos, mas menos frequentes do que seria o normal e com grande irregularidade espacial”, reforça a empresa de meteorologia.
Chuva irregular no Sul do País
O mês de março deve trazer bastante calor na Região Sul, principalmente no Paraná e no interior de Santa Catarina. “A chuva tende a ser mais irregular no Paraná. Os Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina podem ter pausas mais longas nas chuvas”, estima a Climatempo.
“São esperadas de três a quatro frentes frias passando pela costa da Região Sul durante o mês de março, mas em geral de forma oceânica, com pouca entrada de ar frio no interior da região. As frentes frias devem ser mais ativas e frequentes na segunda quinzena de março, estimulando mais chuva também no interior da Região Sul”, acrescenta a empresa de meteorologia.
Há risco de ciclones em março?
“Ainda não tem indicativo de ciclones atípicos, mas por termos em março o maior aquecimento do Atlântico Sul, não dá pra descartar a formação de algum novo ciclone tropical/subtropical na costa do sul ou do sudeste”, alerta a Climatempo.
Por causa da passagem de frentes frias e possível formação de uma baixa pressão atmosférica intensa, que poderia se transformar em um ciclone, há um risco moderado para extremo de chuva no litoral do Paraná, de São Paulo e do Rio.
Neste domingo (3), uma nova frente fria está prevista para atingir o sul do Brasil, trazendo consigo um ciclone extratropical. “Esse fenômeno meteorológico promete mudar o tempo já nas regiões gaúchas no domingo e, ao longo da segunda-feira, levará mais instabilidades para os Estados de Santa Catarina e Paraná. Importante destacar que o ciclone não passa sobre qualquer Estado brasileiro”, afirma a Climatempo.
A empresa de meteorologia alerta ainda que a atenção deve ser redobrada para o litoral dos três Estados da região, onde os ventos serão mais intensos e persistentes. “Destaque para ondas com altura significativa no mar dos três Estados e ventos fortes também em alto mar”.
Fonte: GMC Online.
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