Durante debate entre candidatos à Presidência da República, na noite deste domingo (28), as coisas ficaram agitadas nos bastidores. O deputado André Janones (Avante-MG) e Ricardo Salles, ex-ministro do Meio Ambiente e candidato à Câmara dos Deputados por São Paulo, discutiram e quase partiram para a agressão física. Assista o vídeo no decorrer da matéria.
Em meio a gritos de "miliciano" e "corrupto", seguranças e assessores precisaram intervir na briga dos políticos para que a situação não tomasse maiores proporções. O motivo do desentendimento foi a reação da comitiva que acompanhava o presidente e candidato a reeleição, Jair Bolsonaro (PL), em uma de suas falas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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A confusão aconteceu durante a primeira pergunta do debate. Enquanto Lula respondia à uma pergunta feita por Bolsonaro sobre corrupção, o grupo de bolsonaristas vaiava e gritava palavras como "ladrão", encobrindo a fala do concorrente do PT. Marco Aurélio de Carvalho, deputado e advogado do grupo Prerrogativas, pediu silêncio e, conforme o UOL, declarou que poderia haver as vaias, mas depois que a resposta terminasse.
Após isso, Janones também se levantou e começou a discussão com Salles. Os gritos e trocas de insultos duraram cerca de um minuto. Em meio à confusão, membros da comitiva da candidata Soraya Thronike (União Brasil), que estavam sentados entre os dois grupos, começaram a gritar que eram "farinha do mesmo saco".
A confusão só acabou depois de tentativas de seguranças e assessores de afastarem os dois envolvidos. Assista:
🚨AGORA: André Janones e Ricardo Salles brigam nos bastidores da BAND, enquanto ocorre o debate presidencial. pic.twitter.com/q5Hf8e35PM
— Central Eleitoral (@CentralEleicoes) August 29, 2022
Briga sem fim
Para quem achou que as discussões pararam no início do debate, está muito enganado. Durante o primeiro intervalo, o vereador de Belo Horizonte Nikolas Ferreira (PL) foi até o grupo petista filmar Janones, que falava com a imprensa, e a discussão recomeçou.
"Vai chorar, Janones?", provocou Ferreira, filmando com o celular. "Seu vagabundo", respondeu o deputado. Sérgio Camargo, ex-presidente da Fundação Palmares, também entrou na briga.
"Ele é um vagabundo, um vereador falso cristão de Minas", disse Janones à imprensa.
Clima tenso nos bastidores
A tranquilidade na sala onde os convidados dos presidenciáveis esperavam durou somente até a primeira referência a Bolsonaro. Quando Tebet afirmou que era preciso mudar o presidente, houve aplausos até mesmo de equipe que não eram da candidata.
A intervenção de Bolsonaro gerou ainda mais movimentação. Antes mesmo de ele falar, os apoiadores gritavam "mito". Logo, havia gritos de "assassino" dos adversários. Os apoiadores do presidente responderam a provocação declarando que "assassino é quem rouba milhões da saúde".
Grupo mais animado, os bolsonaristas passaram a repetir "ladrão" quando Lula falou pela primeira vez, e aplaudiam Bolsonaro com exímio entusiasmo.
Fonte: Informações UOL.
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