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Brasil tem 1.204 mortes e falha cria subnotificação

O Brasil registrou pelo terceiro dia consecutivo mais de mil mortes por covid-19. Foram 1.204 em 24 horas, segundo levantamento feito por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL. Já as secretarias estaduais de Saúde relataram dificuldades para atualizar

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 19.06.2020, 07:23:00 Editado em 19.06.2020, 07:31:29
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O Brasil registrou pelo terceiro dia consecutivo mais de mil mortes por covid-19. Foram 1.204 em 24 horas, segundo levantamento feito por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL. Já as secretarias estaduais de Saúde relataram dificuldades para atualizar dados na plataforma online do Ministério da Saúde, o e-SUS. A falha agrava a subnotificação. Para o ministério, pode haver erro na forma de abastecimento de dados.

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Apesar disso, o número de casos confirmados da doença no País saltou de 960.309 para 983.359 entre quarta e quinta-feira - foram 23.050 novos registros em 24 horas. O total de vidas perdidas chega a 47.869, conforme o levantamento dos veículos de imprensa, iniciado após o governo Bolsonaro falar em rever a forma de divulgação.

Se na terça-feira a pasta confirmou 34.918 casos e na quarta o número caiu para 32.188, na quinta a média foi menor ainda, com 22.675 novas confirmações. O que poderia levar a crer que a curva estaria diminuindo no Brasil, ou a quantidade de testes seria menor. Na realidade era um problema de sistema e não diminuição de casos.

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O e-SUS e o Sistema de Informação de Vigilância (Sivep) são plataformas online utilizadas pelos serviços de saúde e gestores das três esferas do Executivo. De acordo com o protocolo do Ministério da Saúde, a prioridade é notificar, investigar e confirmar os casos de Síndrome Respiratória Aguda (SRAG) que derem entrada no hospital. Após receber o resultado positivo dos laboratórios, o serviço que atendeu o paciente deve atualizar a notificação - pode fazer diretamente nos sistemas oficiais -, comunicando também o caso confirmado ou descartado à prefeitura, que é a responsável por abastecer o sistema oficial do ministério.

Nesta quinta, o secretário estadual da Saúde de São Paulo, José Henrique Germann, disse que está há dois dias sem conseguir atualizar os dados na plataforma do e-SUS - por isso, só relatou 1.111 registros em 24 horas. Na terça-feira, chegou a relatar 8,8 mil casos. A Secretaria de Estado de Saúde do Rio disse que teve de usar outro programa, o Sivep-Gripe, mas que atualizaria os dados no e-SUS quando possível. A lentidão e a instabilidade levaram o Pará a elaborar sistema próprio. "Apesar das dificuldades, a secretaria tem orientado os gestores municipais a fazerem a devida alimentação e, inclusive, montou uma força-tarefa para atualizar os dados no e-SUS durante a noite."

A Secretaria de Saúde da Bahia também relatou dificuldade de acessar as bases do e-SUS. "Recentemente é quase uma constante o problema", afirmou a Secretaria de Saúde do Piauí. A Secretaria de do Rio Grande do Norte disse que, diante do problema, a estratégia adotada foi focar nos resultados de RT-PCR (teste rápido) liberados pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). "Ou seja, a partir dos dados do dia anterior, são acrescentados os resultados liberados no dia."

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Secretarias de saúde de outros Estados também relataram o problema, como a do Distrito Federal, que não conseguiu baixar o banco para atualização de dados, apesar de ver "melhora". Já a do Amazonas comentou que a inserção das informações referentes à covid-19 se encontrava normalizada.

O ministério disse não haver falhas e destacou que há duas formas de exportar dados do e-SUS: diretamente do aplicativo ou por meio de uma aplicação. "Este último utiliza tecnologia mais leve e é indicado para grandes volumes de dados, caso de secretarias estaduais e grandes municípios. Ocorre que algumas unidades da Federação utilizaram o aplicativo para exportação de dados, o que não é recomendado." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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