MAIS LIDAS
VER TODOS

Cotidiano

Brasil registra 2.136 mortes por covid em 24h e vê casos em alta

Especialistas já vinham alertando que o pico da pandemia de covid-19 ainda não tinha passado no Brasil, mas em muitos lugares optou-se pela flexibilização das regras de isolamento social. A queda na média móvel no número de óbitos parecia mostrar que o pi

Da Redação

·
Escrito por Da Redação
Publicado em 21.05.2021, 20:16:00 Editado em 21.05.2021, 20:23:34
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

Especialistas já vinham alertando que o pico da pandemia de covid-19 ainda não tinha passado no Brasil, mas em muitos lugares optou-se pela flexibilização das regras de isolamento social. A queda na média móvel no número de óbitos parecia mostrar que o pior já tinha passado, mas nesta semana os números voltaram a subir, principalmente em número de casos, e reacendeu o debate sobre a necessidade de impor novas restrições à população.

continua após publicidade

Nesta sexta-feira, 21, o Brasil registrou 2.136 novas mortes pela covid-19. A média semanal de vítimas, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, ficou em 1.963, com uma pequena queda em relação ao dia anterior, quando marcou 1.971. Mas a subida nos números na última semana estão gerando apreensão.

A média móvel de óbitos estava em 1.910 no sábado, mas durante a semana foi subindo e voltou a se aproximar da marca de 2 mil mortes. Já a média móvel de casos, na mesma data, estava em 62.855, mas desde então cresceu até chegar a 64.978 nesta sexta-feira. Ainda não dá para saber se isso é reflexo da flexibilização das medidas restritivas em muitos lugares ou por causa de recentes aglomerações pelo feriado do Dia do Trabalho ou pelo Dia das Mães.

continua após publicidade

Um dado que deixa o alerta ligado é que a taxa de ocupação dos leitos de UTI para covid-19 cresceu 7,5% desde o final de abril na rede hospitalar privada do Estado de São Paulo. Pesquisa do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios (SindHosp), realizada entre 11 e 17 de maio, mostrou que 85% dos hospitais já têm ocupação superior a 80%.

Para Mônica Levi, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), o relaxamento nas regras foi precoce. "Na verdade não era para ter desligado o alerta, pois essa situação já era esperada. Especialistas já previam isso e nos meses de junho e julho podemos chegar ao pico de 4 a 5 mil mortes diárias", diz. "Não saímos da primeira ou da segunda onda."

A médica lamenta essa dinâmica de reabertura logo que os números começam a diminuir um pouco. "Nunca fizemos um lockdown para valer, que é o que teria funcionado junto com uma vacinação em massa. É preferível fechar para valer por um período curto, e depois reabrir, do que ficar desse jeito. Isso só desgasta ainda mais as pessoas. E o porcentual da população vacinada no Brasil é baixo, não reduz taxa de transmissão", explica.

continua após publicidade

Ela cita os exemplos do Reino Unido, Nova Zelândia e Israel, que fecharam tudo e aceleraram a vacinação. E agora já podem viver com muito mais "normalidade" do que antes. "Os marcadores para dar as diretrizes de lockdown ou abertura estão errados. Precisa levar em conta um número inferior a 20 casos para cada 100 mil habitantes durante duas semanas e os testes de PCR positivo em menos de 5% das amostras testadas."

Nesta sexta-feira, o número de novas infecções notificadas foi de 77.598. No total, o Brasil tem 446.527 mortos e 15.976.156 casos da doença, a segunda nação com mais registros de óbitos, atrás apenas dos Estados Unidos. Os dados diários do Brasil são do consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde, em balanço divulgado às 20h. Segundo os números do governo, 14.422.209 pessoas estão recuperadas.

O Estado de São Paulo registrou nesta sexta-feira um número alto de mortes por coronavírus, totalizando 580. Outros quatro Estados também superaram a barreira de 100 óbitos no dia: Minas Gerais (327), Rio de Janeiro (214), Paraná (172) e Rio Grande do Sul (119).

continua após publicidade

O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde o dia 8 de junho, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 Estados e no Distrito Federal. A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia, mas foi mantida após os registros governamentais continuarem a ser divulgados.

Nesta sexta-feira, o Ministério da Saúde informou que foram registrados 76.855 novos casos e mais 2.215 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas. No total, segundo a pasta, são 15.970.949 pessoas infectadas e 446.309 óbitos. Os números são diferentes do compilado pelo consórcio de veículos de imprensa principalmente por causa do horário de coleta dos dados.

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Cotidiano

    Deixe seu comentário sobre: "Brasil registra 2.136 mortes por covid em 24h e vê casos em alta"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!