O ex-presidente Jair Bolsonaro será investigado pela Polícia Federal (PF) por supostamente importunar uma baleia jubarte com um jet-ski, em São Sebastião, no litoral de São Paulo. O Ministério Público Federal (MPF) informa que foi instaurado ainda um procedimento administrativo para acompanhar o trabalho da PF.
O caso teria sido registrado quando Bolsonaro se hospedou em uma casa na Praia de Maresias e participou de um evento que aconteceu no final de semana de 16 e 17 de junho deste ano, durante o ferido de Corpus Christi. Vídeos e fotos publicados em redes sociais mostraram o momento em que a mota náutica, de motor ligado, chegou a 15 metros da baleia que estava na superfície.
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"Considerando que as imagens foram feitas a partir de outra embarcação e é possível identificar que há uma única pessoa na moto náutica, que está pilotando e gravando um vídeo no celular ao mesmo tempo. Atribui-se a identidade desta pessoa, supostamente, ao ex-presidente Jair Messias Bolsonaro", disse a procuradora Marília Soares Ferreira Iftim, afirmando que ainda há necessidade de melhor elucidação dos fatos.
Durante um evento no PL Mulher realizado em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, neste sábado (18/11), o ex-presidente se manifestou sobre o caso em discurso gordofóbico. “Todo dia tem uma maldade em cima de mim. A de ontem foi que estou perseguindo baleias. A única baleira que não gosta de mim é aquela que está no ministério, que diz que eu queria dar gole, mas some com os vídeos”, afirmou, em referência ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.
A pena para a pesca e o molestamento intencional das baleias jubarte em áreas litorâneas é de dois a cinco anos de prisão e multa, de acordo com a lei brasileira.
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