MAIS LIDAS
VER TODOS

Economia

Banco Central não prevê segunda onda de covid-19 no país, diz diretor

O Banco Central não espera a ocorrência de uma "segunda onda" da pandemia do novo coronavírus no país, disse nessa quinta-feira (13), o diretor de Política Econômica do Banco Central, Fabio Kanczuk, em seminário virtual promovido pela Associação de Bancos

Da Redação

·
Banco Central não prevê segunda onda de covid-19 no país, diz diretor
Icone Camera Foto por da redação
Escrito por Da Redação
Publicado em 13.08.2020, 19:00:50 Editado em 13.08.2020, 19:00:41
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

O Banco Central não espera a ocorrência de uma "segunda onda" da pandemia do novo coronavírus no país, disse nessa quinta-feira (13), o diretor de Política Econômica do Banco Central, Fabio Kanczuk, em seminário virtual promovido pela Associação de Bancos no Estado do Rio de Janeiro (Aberj).

continua após publicidade

“Em nosso cenário básico não há uma segunda onda do vírus, que é a grande ameaça atual nos países desenvolvidos. Quando parecia que a pandemia já tinha acabado, veio a reabertura e as medidas de isolamento voltaram. Esse é o grande assunto hoje nos Estados Unidos e na Europa. O nosso cenário, aqui, é de que as coisas voltem sem uma nova onda.”

Para Kanczuk, apesar dessa perspectiva, a instituição analisa cenários alternativos, baseado no que vem ocorrendo em outros países. O diretor disse que se houver uma segunda onda, serão tomadas outras medidas com relação à economia, como uma nova expansão de crédito.

continua após publicidade

“Nosso papel é atuar. A gente tem certeza de que, dependendo do caminho, se acontecer uma segunda onda, vamos com tudo de novo. Estamos prontos para atuar mais uma vez e fazer medidas de expansão de crédito novo. Mas é um pouco mais reativo do que pró ativo. Esse é o nosso papel. É assim que a gente vê a nossa atuação", disse ele.

Retomada

Sobre a recuperação da economia, Kanczuk afirmou que existem várias indicações, podendo se dar no formato de V (swoosh), em que após uma queda profunda começa a recuperação no mesmo ritmo em que caiu. Há também a representação em U, quando a volta não é tão rápida e ainda em W, em que são duas quedas com duas retomadas.

continua após publicidade

O diretor destacou que, em crises econômicas, o sistema bancário precisa dar respostas e se refazer, como nos Estados Unidos, mas disse que aqui a situação pode ser diferente nesse sentido, porque o sistema bancário brasileiro é sólido e respondeu bem nas crises econômicas de 2008 e 2009.

“Nos Estados Unidos, o sistema bancário vai ter que se refazer, não vai ser algo rápido, lá tem todo um estudo de como crises financeiras mais se parecem com um U do que um V”, disse.

No caso do Brasil, o diretor acredita que a economia pode voltar em uma velocidade do U. Ele afastou a possibilidade de ser como um V, com a recuperação mais rápida, porque há setores que não conseguem retomar, devido ao isolamento social. Na falta de uma letra, aparece o símbolo usado pelos economistas, o swoosh. “Parece o símbolo da Nike, mas é um pouco diferente. É alguma coisa assim. Volta, não é um U, mas começa a perder um pouco de força, porque alguns setores não conseguem voltar.”

continua após publicidade

Varejo e indústria

Neste período de pandemia, segundo Kanczuk, as compras pela internet e o movimento dos que receberam renda de programas do governo favoreceram setores do varejo e da indústria. Mas outros setores não conseguiram dar resposta rápida, como os de serviços prestados a famílias, de cabeleireiro e limpeza, por exemplo. “Esses não retornam com a mesma força e ficam meio em função da pandemia, de quando isso vai se encerrar”.

continua após publicidade

Para Kanczuk, dados como o da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), têm mostrado isso. “Não teve surpresa nenhuma. Foi mais ou menos o que todo mundo esperava”.

Autonomia

Em sua apresentação, o diretor disse que a autonomia do Banco Central atrai mais os investidores externos que conhecem pouco o Brasil. “A minha impressão é de que o brasileiro não vê diferença, mas um cara que conhece bem menos de Brasil, e quer saber onde vai colocar o dinheiro, olha o país e vê que tem banco central independente, que é uma coisa de instituição correta”, afirmou.

Ele disse ainda que a Aberj se apresenta como a antiga entidade de classe representante do sistema financeiro, fundada pelos banco, e que o principal objetivo é o aprimoramento técnico. “Responsabilidade que margeia sua personalidade socioeconômica, política e cultural.”

Agência Brasil

GoogleNews

Siga o TNOnline no Google News

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Cotidiano

    Deixe seu comentário sobre: "Banco Central não prevê segunda onda de covid-19 no país, diz diretor"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!