O Banco Central do Brasil fez uma compra que totalizou a maior quantidade de outro nas últimas duas décadas, porém, em um curto período de apenas três meses. O BC, no entanto, ignorou ao Lei de Acesso à Informação e optou por não responder às perguntas.
Ao ser questionado sobre as aquisições, o Banco alegou possuir um sigilo bancário que lhe garantiu carta branca para segurar informações de interesse público, de acordo com o “Portal do Bitcoin”, do Uol.
No mês de maio de 2021, o Banco Central comprou 11,7 toneladas de outro, após dez anos desde sua última aquisição. Entretanto, em junho do mesmo ano, foram compradas mais 41,8 toneladas do metal, além de mais 8,5 toneladas no mês seguinte.
Com isso, o BC comprou, em apenas três meses, a maior quantidade de ouro desde 2000. Logo, o País fechou o ano de 2021 com sua maior quantidade de ouro em posse desde novembro de 1999, totalizando 129 toneladas do metal. O valor corresponde a R$ 39 bilhões.
Mesmo com a recusa da instituição monetária para explicar as compras, o FMI (Fundo Monetário Internacional) constatou que o banco brasileiro ficou atrás somente de Hungria e Tailândia entre os países que mais compraram ouro em 2021, ficando em terceiro lugar.
Banco Central não respondeu quando foi procurado
A reportagem do BP Money também entrou em contato com a assessoria da administração para receber mais informações sobre as compras, porém, o fundo não passou nenhum dado oficial. Além disso, o órgão também não respondeu se os dados cedidos pelo FMI eram verdadeiros, e utilizou relatórios de Gestão das Reservas Internacionais, que continham dados somente de 2020.
Por consequência, o BC só confirmou a aquisição do metal precioso quase após doze meses, também através de um relatório de Gestão das Reservas Internacionais, porém, dessa vez em março deste ano. O documento alegava que a instituição fechou o ano de 2021 com 2,25 % das reservas internacionais investidas em ouro. Entretanto, ainda acredita-se que a reserva brasileira de ouro está situada na Inglaterra.
Um relatório de 2018 do Banco Central mostrou que foi necessário adaptar o estoque de outro aos padrões internacionais do BIS (Banco de Compensações Internacionais) antes de realocá-lo no País.
Fonte: Informações do BP Money, parceiro do Metrópoles.
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