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Balada em Santa Cecília suspende programação após segurança matar homem na porta

A casa noturna Dois-Dois, na Santa Cecília, no centro de São Paulo, suspendeu a programação após um policial militar de folga, que atuava como agente de segurança do estabelecimento, balear e matar um homem que exibia uma réplica de arma de fogo em frente

Redação O Estado de S. Paulo (via Agência Estado)

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Escrito por Redação O Estado de S. Paulo (via Agência Estado)
Publicado em 11.12.2024, 11:46:00 Editado em 11.12.2024, 11:52:07
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A casa noturna Dois-Dois, na Santa Cecília, no centro de São Paulo, suspendeu a programação após um policial militar de folga, que atuava como agente de segurança do estabelecimento, balear e matar um homem que exibia uma réplica de arma de fogo em frente ao estabelecimento.

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O caso ocorreu na noite do domingo, 8. O fechamento temporário foi informado em um comunicado publicado nas redes sociais do Movimento Cultural Recreativo Dois-Dois nesta quarta-feira, 11.

"Lamentamos todo o ocorrido e reforçamos não compactuar com qualquer tipo de violência. Em um ano de funcionamento, o Dois-Dois não tem qualquer registro de agressão física na casa, e nenhum segurança foi orientado a agir de modo violento. Esse fato trágico exige escuta e reflexão. Estamos em luto. As atividades ao público seguem suspensas desde segunda-feira, dia 9."

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No texto, o estabelecimento relata que o segurança Diego de Souza foi informado por pessoas ainda não identificadas que um homem em frente à casa estava com uma arma de fogo e fazendo ameaças. A reportagem não conseguiu contato com a defesa do policial.

"Diego, que é policial militar, avistou uma pessoa com uma arma na cintura na calçada do outro lado da rua, e permaneceu em observação. Segundo Diego e uma testemunha que prestou depoimento, a pessoa proferia ameaças e quando fez menção de pegar a arma Diego efetuou dois disparos. Após atingido, foi constatado que a arma portada era um simulacro. As imagens das câmeras da casa estão à disposição das investigações", diz o comunicado.

De acordo com imagens das câmeras de segurança, a vítima, identificada pela polícia como Alisson Ricardo Rosa, parecia discutir com um grupo de pessoas do outro lado da rua por volta das 20h. Ele gesticulava e exibia a arma que, na verdade, era uma réplica de uma pistola de cor preta, segundo o Boletim de Ocorrência.

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O policial acompanha a discussão e, em seguida, sai da boate e atira duas vezes contra o rapaz, que cai ferido. Testemunhas disseram que o policial não deu voz de prisão ao rapaz e apenas atirou contra o homem. O vídeo mostra outras pessoas sentadas na calçada, entre elas uma mulher com uma criança no colo, próximas ao rapaz baleado. Após os disparos, elas saem correndo.

Segundo a Polícia Militar, Alisson chegou a ser resgatado na Santa Casa de São Paulo, mas acabou morrendo. De acordo com os investigadores, ele possuía passagens criminais por roubo, lesão corporal, entre outras anotações.

O Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) abriu um inquérito para investigar as circunstâncias do crime, registrado como homicídio. O caso foi registrado no 2° Distrito Policial da região central da capital paulista.

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"As imagens das câmeras de segurança serão analisadas e o simulacro e a arma do agente foram apreendidas. A Polícia Militar também acompanha o caso", afirmou a pasta.

O caso da Alameda Dino Bueno se soma às ocorrências recentes de violência policial na cidade de São Paulo. Entre as ocorrências do último mês com maior repercussão estão a de um homem atingido nas costas após tentativa de roubo em um mercado, a agressão a uma idosa em Barueri e o flagrante de um policial atirando um homem de uma ponte na zona sul da capital.

A sequência de denúncias fez o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) admitir falhas e a necessidade de revisão não apenas de protocolos, mas de discurso. Apesar da mudança de tom, ele defendeu a manutenção do secretário da Segurança, Guilherme Derrite, no cargo.

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