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Aviões particulares correspondem a 40% dos acidentes

Os dados são do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

Da Redação

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Aviões particulares correspondem a 40% dos acidentes
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Escrito por Da Redação
Publicado em 07.11.2021, 15:42:26 Editado em 07.11.2021, 15:42:43
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Um levantamento feito pelo Jornal mineiro O Tempo, em reportagem da jornalista Cinthya Oliveira, demonstrou que, dos 1.825 acidentes aéreos registrados no Brasil nos últimos dez anos, 734 se referem à aviação particular, ou seja, 40,2% do total. O levantamento ainda não considera a queda do bimotor King Air C90 onde estava a cantora Marília Mendonça e outras quatro vítimas, na tarde desta sexta-feira (5), em Piedade de Caratinga, região Leste de Minas.

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Os dados são do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão responsável por investigar as causas de acidentes aéreos. Aviões particulares e táxis aéreos compõem quase 80% da frota de 22,2 mil aeronaves no Brasil, o que ajuda a explicar a alta taxa de acidentes relacionados a eles.

Das 922 pessoas que morreram em acidentes aéreos do país desde 2011, 479 estavam em aeronaves particulares, 152, em aviões agrícolas e 116, em táxis aéreos feitos por helicópteros. Minas é o quarto Estado com maior número de acidentes registrados no período. Foram 148 ocorrências em território mineiro. Em primeiro lugar aparece São Paulo, com 385 registros.

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Muitas pessoas de destaque nos cenários político e econômico brasileiro aparecem na lista de mortos em acidentes que envolveram aviões particulares, como o presidente da Vilma Alimentos, Domingos Costa, morto após queda de um avião da empresa em Juiz de Fora, em 2012; o ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Albino Zavascki, vítima da queda de uma aeronave em Paraty (RJ), em 2017; e o presidenciável Eduardo Campos, que estava em um avião que caiu na zona urbana de Santos, em 2014.

Brasil já esteve no ranking de países com mais acidentes aéreos

A aviação regular, feita pelas tradicionais companhias aéreas, registra 16 acidentes nos últimos dez anos, mas nenhum com vítima. Desde 2007 o Brasil não registra um acidente aéreo fatal de voo regular em território nacional – mas vale lembrar que do acidente com avião da Air France em 2009, que caiu no oceano Atlântico após decolagem no Rio de Janeiro.

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Um levantamento divulgado em 2018 com acidentes aéreos na aviação civil indicou o Brasil como o terceiro em números de ocorrências, atrás de Estados Unidos e Rússia. Mas esse levantamento leva em conta os voos regulares. A aviação regular corresponde a 1,5% das ocorrências dos acidentes, de acordo com o sumário estatístico.

38% dos acidentes graves acontecem no momento do pouso

Em 2019, o Cenipa publicou um sumário estatístico com dados referentes aos diferentes segmentos da aviação no país. Dos acidentes graves ocorridos entre 2010 e 2019 no setor particular, 32% tiveram como possível causa erro na manutenção da aeronave e 30% tiveram como problema o julgamento da pilotagem. Em 38,59% dos acidentes graves, o problema aconteceu no momento do pouso.

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Os aviões com turboélice (como o bimotor onde estava a cantora Marília Mendonça) representam 10,79% dos acidentes graves. A maior parte das ocorrências está relacionada a modelos movidos a pistão.

Confira as principais causas de acidentes de aviões particulares no Brasil, segundo o sumário estatístico do Cenipa:

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Falha do motor em voo: 17,3%

Perda de controle em voo: 16,42%

Perda de controle no solo: 10,81%

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Colisão com obstáculo durante decolagem e pouso: 6,25%

Pane seca: 5,38%

Indeterminado: 5,09%

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Com trem de pouso: 4,90%

Veja as principais causas de acidentes graves de aviões particulares no Brasil, segundo o sumário estatístico:

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Com trem de pouso: 23,69%

Pouso sem trem: 11,24%

Perda de controle no solo: 11,24%

Falha do motor em voo: 9,54%

Excursão de pista: 5,62%

Pouso em local não previsto: 5,62%

Reportagem O Tempo.

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