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Aviões da Gol e da Azul ficaram a 22 metros de bater no aeroporto de Congonhas, diz relatório

Uma aeronave se aproxima da pista de pouso no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, vinda do Rio de Janeiro com 68 passageiros. Outra, com mais 163 passageiros, aguarda na mesma pista a decolagem para Salvador. O erro de um controlador faz com que os dois

Juliana Domingos de Lima (via Agência Estado)

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Escrito por Juliana Domingos de Lima (via Agência Estado)
Publicado em 02.11.2024, 19:22:00 Editado em 02.11.2024, 19:27:01
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Uma aeronave se aproxima da pista de pouso no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, vinda do Rio de Janeiro com 68 passageiros. Outra, com mais 163 passageiros, aguarda na mesma pista a decolagem para Salvador. O erro de um controlador faz com que os dois aviões fiquem a apenas 22 metros de distância, mas um aviso da tripulação estacionada evita a colisão.

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A identidade do operador não foi divulgada. Em nota, a Azul disse seguir os padrões nacionais e internacionais de segurança. Afirmou ainda seguir eventuais recomendações de autoridades reguladoras.

Procuradas, a Infraero, que era responsável pela operação de Congonhas na época, e a Gol ainda não falaram.

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O quase acidente entre aeronaves da Gol e Azul é descrito por um relatório do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) divulgado na última terça, 29. O caso ocorreu em 3 de dezembro de 2020.

Segundo o documento do órgão da Força Aérea Brasileira (FAB), as aeronaves não tiveram danos e os ocupantes saíram ilesos.

A aproximação aconteceu porque a Torre de Controle autorizou o pouso do voo da Azul, um avião Embraer ERJ 190-200, na mesma pista em que o voo da Gol, um Boeing 737-8EH, aguardava a autorização para decolar.

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Após o aviso da tripulação da Gol de que ainda se encontrava na pista, o voo da Azul foi orientado pela Torre de Controle a arremeter, o que conseguiu fazer na aproximação final, passando sobre a outra aeronave a uma distância de cerca de 22 metros.

Controlador estava abalado; supervisor não percebeu

Os controladores de tráfego aéreo estavam com as licenças e habilitações válidas, segundo o relatório. O órgão constatou que o profissional que ocupava a posição de supervisor naquele momento não estava atento às operações realizadas pela Torre de Controle e não percebeu o evento. Ele declarou ao Cenipa estar preenchendo o livro de registro de ocorrências no momento do incidente.

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Posteriormente, o supervisor julgou não ser necessário o afastamento do turno do controlador que ocupava a posição Torre de Controle, como preveem as Atribuições dos Órgãos do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro após a Ocorrência de Acidente Aeronáutico ou Incidente Aeronáutico Grave (ICA 63-7).

O controlador que autorizou o pouso tinha 11 anos de experiência profissional no controle de tráfego aéreo e dois de habilitação na Torre de Controle do Aeroporto de Congonhas.

Por meio de entrevista, o Cenipa verificou que ele já havia sido afastado temporariamente por motivo de saúde. Também apontou que, no período da ocorrência, ele estava emocionalmente abalado por problemas familiares, que afetavam a qualidade de seu sono.

O profissional foi descrito por seus colegas como dedicado e estudioso, sendo bem conceituado pela equipe e considerado uma pessoa agradável e de humor estável.

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