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80 anos depois

Avião dos EUA que caiu na 2ª Guerra é encontrado no litoral do RN

A aeronave, um hidroavião bimotor Catalina, caiu no mar da Praia de Maracajaú, no município de Maxaranguape, no dia 13 de junho de 1942

Da Redação

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Os destroços foram percebidos inicialmente por um mergulhador profissional que ministrava um curso na região
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Os destroços foram percebidos inicialmente por um mergulhador profissional que ministrava um curso na região
Escrito por Da Redação
Publicado em 13.06.2022, 17:58:50 Editado em 13.06.2022, 17:58:40
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Pesquisadores do Rio Grande do Norte encontraram um pedaço de um avião militar dos Estados Unidos que caiu há exatamente 80 anos no litoral potiguar, durante as operações da Segunda Guerra Mundial - uma das bases americanas ficava em Parnamirim, na Grande Natal.

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A estrutura do hidroavião bimotor Catalina, do Esquadrão 83 da Marinha dos Estados Unidos, estava no fundo do mar da Praia de Maracajaú, no município de Maxaranguape, onde caiu em 13 de junho de 1942. O avião só foi encontrado no início deste mês.

Os destroços foram percebidos inicialmente por um mergulhador profissional que ministrava um curso na região. Ao se deparar com a carcaça, avisou ao Centro Cultural Trampolim da Vitória, memorial que reúne fatos históricos sobre a presença americana no RN durante a Segunda Guerra Mundial.

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Pesquisador relata encontro

No voo estavam 10 marinheiros, sendo que sete morreram, incluindo o piloto, e três sobreviveram, sendo abrigados por pescadores de Barra de Maxaranguape.

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De acordo com o curador do Centro Cultural Trampolim da Vitória, Fred Nicolau, há pelo menos outros 10 aviões que caíram entre Parnamirim e Maracajaú, mas há uma dificuldade de encontrar os vestígios porque quem acha os destroços, segundo ele, guarda isso como "um segredo".

"Eu não sabia, à princípio, que esse estava lá ou que era esse [avião]. Um amigo meu que é mergulhador estava dando um curso ali no portal de Maracajaú na semana passada e falou que 'achou um treco lá', 'um negócio ali', mas não era um avião. E me mandou as fotos. Eu olhei as fotos e de fato aquilo é uma sucata, não parece nada. Tem um monte de treliça, tem umas chapas quebradas", explicou.

"Eu comecei a procurar nas coisas que eu tinha e achei um pedaço daquela sucata que era uma peça muito característica de um avião chamado Catalina".

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Segundo ele, os fatos se conectaram após a a lembrança de um documento que apontava para um acidente acontecido com um avião desse tipo no município de Maxaranguape. "A gente já tinha esse relatório desse avião. Mas não sabia onde que estava. E aí coincidiu", disse.


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Chovia no dia do acidente

De acordo com Fred Nicolau, um relatório da Marinha da época do acidente apontou que "as condições de voo eram não-desejáveis, era de noite, não tinha luz, estava chovendo, teto baixo, visibilidade chegando a zero".

A queda do avião se deu por volta das 18h20. O avião saiu de Belém, no Pará, em direção à base aérea de Parnamirim. Segundo os pesquisadores, o avião estava voando perto do mar e, sem visibilidade, provavelmente o piloto se desorientou e voou para dentro d'água.

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A equipe de pesquisadores tinha o relatório oficial da US Navy, mas não havia ideia do paradeiro do avião. "O relatório da Marinha americana do acidente fala o nome de todo mundo que morreu, que horas que foi. Só não especifica direito onde. Eles colocavam perto de Natal", explicou Fred.

Outras pessoas teriam achado pedaços desse avião nos anos 1990, mas se recusaram a passar qualquer informação, segundo os pesquisadores.

Os pesquisadores também tiveram acesso a um jornal do estado de Wisconsin, nos Estados Unidos, da época do acidente. Na matéria, consta um dos marinheiros dado inicialmente como desaparecido. "No outro, já se fala sobre a cerimônia da morte dele", disse Fred.

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Estrutura

Os destroços do avião Catalina vão ser deixados no fundo do mar, segundo o curador. As coordenadas do ponto onde o avião caiu foram informadas à Marinha do Brasil e às autoridades americanas. "Pela lei americana, onde teve um acidente militar que alguém morreu lá, aquilo vira uma tumba. Então não pode ser mexido", pontuou.

Nesta segunda-feira (13), o Centro Cultural Trampolim da Vitória, a prefeitura de Maxaranguape e a Marinha do Brasil fizeram uma homenagem diante da data de 80 anos do acidente. Foram jogadas flores em homenagem aos sete marinheiros que morreram no local.


Fonte: g1.

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