A greve conjunta dos funcionários do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que afeta parcialmente o funcionamento das linhas em São Paulo, vai durar até o fim desta terça-feira, 28, e não há a intenção de ser prolongada. Segundo a presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Camila Lisboa, o sistema voltará a funcionar normalmente na madrugada desta quarta-feira, 29. "A greve é de 24 horas. Tem o turno da noite ainda. Às 4h40 (de quarta-feira) volta ao normal", afirmou Camila ao
. O sindicato dos ferroviários também confirmou que a paralisação ocorre apenas nesta terça-feira. A greve conjunta de funcionários do Metrô e da CPTM prejudica o funcionamento das linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata do Metrô, e as linhas 7-Rubi, 10-Turquesa e 11-Coral, da CPTM. A paralisação é em protesto ao plano de privatizações do governo do Estado. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), no entanto, disse nesta terça-feira que a greve não vai interromper o projeto. A paralisação também foi alvo de críticas do prefeito Ricardo Nunes (MDB). O movimento grevista não tem como pauta reivindicações salariais, como em movimentos anteriores, e mira sua atuação na crítica ao plano de privatizações conduzido pela gestão Tarcísio. Especialistas ouvidos pelo Estadão dizem que esse tipo de greve tem sido considerada ilegal pela Justiça do Trabalho, por não estar centrada em reivindicações trabalhistas. Na segunda-feira, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou que 80% dos funcionários do Metrô deveriam trabalhar no horário de pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h), e 60% do efetivo nos demais períodos, durante a greve da categoria marcada para esta terça, sob pena de multa diária de R$ 700 mil ao sindicato dos metroviários caso a determinação fosse descumprida.
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