A rede pública de ensino do Rio de Janeiro terá um aplicativo com um "botão de pânico". O anúncio do novo app foi feito pelo governador, Cláudio Castro (PL), na mesma semana em que um aluno de 15 anos foi apreendido com uma faca em uma escola na Gávea, zona sul do Rio. O incidente aconteceu um dia depois que um adolescente matou a facadas a professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, e deixou outros quatro feridos em uma escola de São Paulo. O "botão de pânico" para as escolas fluminenses deverá estar disponível em até dois meses
O app, chamado de Rede Escola, foi proposto pela Polícia Militar (PM) e funciona nos mesmos moldes do Rede Mulher, que visa a combater à violência contra a mulher. O aplicativo conectará profissionais da rede de ensino à PM, e emitirá os alertas rapidamente.
Além do app, o governo do Estado criou o Comitê Permanente de Segurança Escolar. Ele reúne representantes de diferentes órgãos e entidades civis e tem o objetivo de implementar ações para identificar e evitar situações de violência nas escolas, sejam elas públicas ou privadas.
"Estamos criando esse comitê para garantir mais proteção às nossas crianças, jovens e profissionais que trabalham na rede (de ensino). Os pais precisam ter a tranquilidade de saber que seus filhos vão chegar em casa em segurança", declarou Castro.
Além do comitê e do aplicativo com o botão de pânico, um grupo de trabalho está sendo criado no setor de inteligência da Polícia Civil. A intenção é apurar casos de incitação à violência em instituições de ensino.
"Estamos vivendo um momento de reflexão que requer ação imediata não só do poder público, mas de toda sociedade. Queremos uma cultura de paz nas escolas que combata as diversas formas de violências. Neste aspecto, teremos ações tecnológicas, administrativas e de formação da comunidade escolar", disse a secretária estadual de Educação, Roberta Barreto.
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