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Associação de moradores de Paraisópolis aciona Justiça para melhoria do Samu

A União dos Moradores de Paraisópolis protocolou nesta quinta-feira, 17, uma Ação Civil Pública para que a Prefeitura de São Paulo instale uma base do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) na comunidade. A ação ocorre diante da possibilidade de

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 19.12.2020, 12:45:00 Editado em 19.12.2020, 12:53:17
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A União dos Moradores de Paraisópolis protocolou nesta quinta-feira, 17, uma Ação Civil Pública para que a Prefeitura de São Paulo instale uma base do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) na comunidade. A ação ocorre diante da possibilidade de os moradores de Paraisópolis, localizada na zona sul da capital, ficarem sem o serviço particular de ambulâncias, contratado para suprir a demanda, a partir de 20 de dezembro por falta de recursos.

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Desde março a União dos Moradores local contratou serviço 24h de atendimento à população com ambulâncias, médicos, enfermeiros e socorristas em meio à pandemia. Desde então já foram realizados mais de 10 mil atendimentos, de acordo com a Associação.

No entanto, o projeto está previsto para se encerrar no próximo dia 20, quando o contrato se encerra, por falta de recursos financeiros. O custo mensal até agosto era de cerca de R$ 150 mil, quando três ambulâncias e equipes de saúde atendiam a população. Nos últimos meses, apenas um veículo continuou a funcionar, com custo de R$ 54 mil.

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O presidente da União de Moradores de Paraisópolis, Gilson Rodrigues, afirmou ao Estadão que o atendimento à população pelas ambulâncias do Samu é precário e que foi necessária a contratação do serviço particular: "A depender do local que a pessoa estiver em Paraisópolis ela não será atendida pelo serviço público. Aqui em Paraisópolis o Samu não vem há muitos anos. Esperávamos que, em virtude da pandemia, a Prefeitura criasse um projeto para o atendimento da nossa população, mas não aconteceu", afirmou.

E continuou: "Estamos à beira de uma segunda onda e esse problema não foi solucionado. É dever do Estado prestar este tipo de atendimento. Por isso, foi encaminhado na noite de ontem (quinta-feira) um protocolo na Justiça para que algo seja feito", explicou.

Com o aumento no número de casos Rodrigues também demonstrou preocupação: "Nós temos feito a nossa parte e fizemos um processo de controle rígido. Porém, temos medo de, nesse novo normal, não conseguirmos manter tal controle. Pedimos que o Estado faça alguma coisa em prol da população da favela. Nós queremos ter o direito de sermos atendidos", disse.

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Em nota, a Prefeitura de São Paulo disse que a base do Samu destinada ao atendimento daquela região fica na AMA Paraisópolis l, localizada na Rua Silveira Sampaio, 160. De janeiro até 10 de dezembro deste ano, essa base Samu realizou 1.712 atendimentos para hospitais e equipamentos de saúde da região sul. A dificuldade enfrentada pelas ambulâncias refere-se a algumas ruas existentes no local serem muito apertadas, o que pode afetar o tempo de resposta de veículo mais largo do Samu.

Ainda de acordo com a nota, a comunidade de Paraisópolis é 100% coberta por equipes de Estratégia de Saúde da Família, com 59.913 pessoas cadastradas para atendimento por três Unidades Básicas de Saúde (UBS): Paraisópolis I, Paraisópolis II e Paraisópolis III. Há ainda uma unidade de AMA Especialidades Pediátricas e um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) III Adulto na região.

A Secretaria Municipal de Saúde está realizando novas etapas do inquérito sorológico para mapear a prevalência da covid-19 em todas as regiões da cidade, incluindo Paraisópolis, e assim auxiliar as autoridades de vigilância na tomada de decisões no combate à pandemia, com base em dados científicos.

A SMS informa também que seus Equipamentos estão promovendo diversas iniciativas para garantir o atendimento e o acesso à informação nas comunidades, tais como: direcionamento das ações dos agentes comunitários de saúde e equipes multidisciplinares para enfrentamento de combate à Covid-19, vacinação contra Influenza, utilização de diversas ferramentas de comunicação para divulgação, reforço aos cuidados de higiene individual e da residência, monitoramento de todos os casos com sintomas leves de gripe, através de contato telefônico e, nos casos necessários, por meio de visita domiciliar.

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