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Apucaranense relata desespero durante terremoto no Japão

Valeria Matsui mora na região de Aichi Ken, a 300 km do epicentro do terremoto

Da Redação

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Prédio desabado em Wajima, província de Ishikawa
Icone Camera Foto por reprodução/NHK TV
Prédio desabado em Wajima, província de Ishikawa
Escrito por Da Redação
Publicado em 03.01.2024, 14:58:55 Editado em 03.01.2024, 15:10:53
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A família da brasileira Valeria Matsui, que mora no Japão há 10 anos, estava em um restaurante na região de Aichi Ken quando o alarme de terremoto soou por volta das 16h10 hora local (04h10 no horário de Brasília), causando desespero em todas as pessoas que estavam no estabelecimento na última segunda-feira (1º). Ela não sabia, mas o país havia registrado uma série de terremotos na costa oeste naquele dia.

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Natural de Apucarana, norte do Paraná, a maquiadora mora no Japão há 10 anos com o marido e a filha. Todos ficaram bastante assustados com os tremores. “Eu olhei para as placas do restaurante balançavam e as portas também começaram a bater. Ficamos assustados porque achávamos que era o primeiro (terremoto) e ficamos prontos para sair para fora do prédio, porque sempre que tem um terremoto logo vem as réplicas e elas podem ser bem mais fortes”, relata.

- LEIA MAIS: TV japonesa alerta brasileiros sobre risco de tsunami após terremoto

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Valéria conta que ao pesquisar nos noticiários soube que aquele era o segundo abalo registrado no dia. Na sequência dos tremores, ela relata que sentiu um mal-estar e uma forte sensação de vertigem. “Ficamos preocupados, quando vimos que era longe de nós. Para mim parece que durou uns 2 minutos, acredito que tenha sido menos. Em outros terremotos geralmente a gente só sente esse mal-estar na cabeça, não dá nem tempo de raciocinar e já acabou, mas esse foi o terremoto mais longo que já presenciei”, afirma.

Sabendo que a notícia do terremoto logo estaria no noticiário mundial, Valéria contatou seus pais que moram em Apucarana para tranquilizá-los. “Como sabia que logo ia sair as notícias, eu já avisei meus pais, que estava tudo bem e que minha região não foi afetada”, conta.

Mesmo longe do epicentro, a apucaranense disse que a situação das famílias afetadas causa muita preocupação. Segundo ela, é inverno no Japão e muitas pessoas ficaram desabrigadas na região que registrou -2°C. “Eu pensava em todas as pessoas sem casa, energia, água, alimento, e a gente não pode fazer nada porque as estradas foram interditadas porque houve rachaduras e deslizamentos. É uma situação só nos resta orar por todos”, conclui.

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Número de mortos sobe para 55

Segundo a agência de notícias Associated Press. número de mortes subiu para 55 o número de mortes provocadas pela série de terremotos que atingiu o Japão na última segunda-feira (1º). Os tremores foram sentidos na Península de Noto, sendo que o terremoto mais forte teve magnitude de 7,6, de acordo com a Agência Meteorológica do Japão. A região concentra a maior parte dos estragos e mortes provocadas pelo fenômeno. Houve terremotos de menor intensidade ao longo do dia. De acordo com o governo japonês, cerca de 1 mil militares estão trabalhando no socorro às vítimas.

O governo japonês afirmou que os socorristas estão com dificuldades de acessar o extremo norte da Península de Noto. Algumas regiões estão isoladas, já que estradas foram destruídas.

Na cidade de Wajima, que fica no norte da península, o Corpo de Bombeiros disse que ao menos 30 prédios desabaram. Há relatos de pessoas presas sob escombros.

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Ainda na região, em Suzu, o prefeito da cidade afirmou que até 1 mil casas foram destruídas. “A situação é catastrófica”, disse Masuhiro Izumiya. Logo após o terremoto, mais de 900 chamadas de emergência foram registradas.

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