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Após impasse com a Rússia, Consórcio Nordeste suspende compra de doses da Sputnik

O governador do Piauí e presidente do Consórcio Nordeste, Wellington Dias (PT), anunciou nesta quinta-feira, 5, a suspensão da compra de 37 milhões de doses da vacina contra a covid-19 Sputnik V. A decisão foi tomada após reunião realizada nesta manhã com

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 05.08.2021, 17:57:00 Editado em 05.08.2021, 18:02:27
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O governador do Piauí e presidente do Consórcio Nordeste, Wellington Dias (PT), anunciou nesta quinta-feira, 5, a suspensão da compra de 37 milhões de doses da vacina contra a covid-19 Sputnik V. A decisão foi tomada após reunião realizada nesta manhã com o Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF, na sigla em inglês), responsável pelo fornecimento do imunizante.

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O acordo foi suspenso, segundo o governador, por causa das condições impostas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), da não inclusão da vacina no Plano Nacional de Imunizações (PNI) e da falta da licença de importação para o imunizante. A Rússia tem enfrentado problemas na entrega de vacinas a outros países, como a Argentina, que pressionou Moscou para acelerar o envio dos lotes.

O contrato firmado com o Instituto Gamaleya, desenvolvedor da vacina, e com o Fundo Russo em março deste ano previa a entrega de 37 milhões de doses ao Brasil, sendo que as primeiras duas milhões de doses eram esperadas ainda para abril. No entanto, o Consórcio Nordeste aponta que as condicionantes impostas pela Anvisa e a não inclusão no PNI pelo Ministério da Saúde fizeram com que, até o momento, nenhuma dose tenha desembarcado em território brasileiro.

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"A partir de uma decisão da Anvisa, que faz uma alteração no padrão de teste, junto com a não inclusão do Ministério da Saúde da vacina Spunik no Plano Nacional de Vacinação e a falta da licença de importação, nós tivemos a suspensão da entrega dessas vacinas", diz em vídeo o governador Wellington Dias. Esse somatório de fatores, explica, levou à suspensão da entrega da vacina "até que se tenha uma autorização do uso do imunizante" no País.

"Os Estados brasileiros, governadores, todos nos empenhamos para trazer mais vacinas, e infelizmente aqui (no Brasil) há um impedimento, onde a burocracia é usada para impedir a entrada de vacinas. Isso é lamentável. Com certeza, serão vidas humanas que pagarão por conta de decisões como essa", complementou o governador.

No início de julho, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que a Sputnik não seria incluída no Programa Nacional de Imunizações (PNI), uma vez que já existe um volume suficiente de outras vacinas encomendadas pelo governo federal. "Se não fosse essa declaração, já daria para dizer que no dia 28 chegaria a primeira etapa do 1% liberado pela Anvisa. Tinha um compromisso de entrega do volume completo até o mês de setembro", afirmou Wellington Dias em entrevista ao Estadão no final do último mês.

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Após impasses para a chegada da Sputnik V e demora na definição de cronograma de envio do imunizantes para o Nordeste, Estados como Mato Grosso do Sul e Minas Gerais demonstraram desânimo quanto à aquisição da vacina. Mas não se tinha, até o momento, confirmação de que os negócios com o Consórcio Nordeste teriam sido suspensos.

A confirmação só veio nesta quinta-feira. Com isso, o Fundo Soberano Russo informou que as vacinas que seriam destinadas ao Brasil serão enviadas agora para o México, Argentina e Bolívia, e que, assim que o Brasil decidir, as vacinas estarão disponíveis para envio imediato para atender à necessidade do povo brasileiro.

Em julho, a Argentina, um dos primeiros países a usar amplamente a vacina russa, aumentou a pressão sobre a Rússia e ameaçou romper o contrato de compra por causa dos atrasos na chegada de segundas doses. Os atrasos começaram a comprometer sua campanha de imunização contra a covid-19. Depois das reclamações, o governo russo afirmou que resolverá os atrasos nas entregas da vacina.

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